Em um mensagem através de
vídeo divulgado nesta terça-feira, que antecede à quarta-feira de cinzas, dia
importante para os católicos, o Bispo de Teixeira de Freitas/Caravelas, Dom
Jailton de Oliveira Lino, enfatizou que o momento é propício para nos preparar
para celebrar a Páscoa da Ressurreição. É tempo de oração, tempo de penitência
e de renovação da vida espiritual.
“No dia 02 de março,
quarta-feira de cinzas, iniciaremos a Quaresma. Esses quarenta dias que nos
prepararão para celebrar à Páscoa da Ressurreição do Senhor. Este tempo é um
tempo que a Igreja nos convida a oração, jejum, caridade. Por sinal, a caridade
é o grande Pilar do nosso Plano Diocesano de Pastoral que nós queremos, de modo
todo particular, estar conversando e vendo este ano. Para iniciarmos a
Quaresma, somos convidados a colocar as cinzas sobre nossas cabeças, este
símbolo importante que nos lembra que somos Pó e que em Pó haveremos de nos
tornar e nos convida a vivermos a conversão, ao Evangelho de Jesus.”, disse Dom
Jailton.
O Papa Francisco divulgou no
dia 24 de fevereiro uma Mensagem por ocasião da Quaresma 2022: A reflexão
sugerida pelo Santo Padre é sobre a exortação de São Paulo aos Gálatas: “Não
nos cansemos de fazer o bem; porque, a seu tempo colheremos, se não tivermos esmorecido.
Portanto, enquanto temos tempo, pratiquemos o bem para com todos” (Gal 6,
9-10a). Por isso, “não nos cansemos de rezar. Precisamos de rezar, porque
necessitamos de Deus. A ilusão de nos bastar a nós mesmos é perigosa. Neste
ponto Francisco recorda o nosso sofrimento com a pandemia: “No meio das
tempestades da história, encontramo-nos todos no mesmo barco, pelo que ninguém
se salva sozinho; mas sobretudo ninguém se salva sem Deus, porque só o mistério
pascal de Jesus Cristo nos dá a vitória sobre as vagas tenebrosas da morte”.
“Ninguém se salva sem Deus”
Papa Francisco
Dom Jailton faz o convite
para que os fiéis participem desse momento que inicia em toda Igreja – o
período quaresmal. “Eu lhe convido a participar da Missa de Cinzas em sua
paróquia, na sua comunidade. Vamos receber a Cinzas para viver com muita
intensidade esse período quaresmal” pediu o prelado.
CAMPANHA DA FRATERNIDADE
A Campanha da Fraternidade de
2022 tem como o tema: “Fraternidade e Educação” e o lema bíblico, extraído de
Provérbios 31, 26: “Fala com sabedoria, ensina com amor”. A Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizOU a abertura, nesta Quarta-feira
de Cinzas, 2, com a divulgação de um
vídeo reunindo pronunciamentos dos membros da presidência da CNBB e convidados.
Será possível acompanhar o vídeo por meio das redes sociais da entidade
(Youtube e Facebook) e emissoras de televisão de inspiração católica. A
abertura virtual, assim como a do ano passado, deve-se à escolha da CNBB, como
forma de prevenção à Covid-19.
“A campanha vai nos convidar
a refletir sobre toda a realidade da Educação no nosso país e a vivermos uma
dimensão muito mais educativa, inclusive na nossa vida como Igreja e nossa vida
pastoral. Que a Quaresma e a Companha da Fraternidade nos ajudem a caminharmos
com muita intensidade como discípulos missionários do Senhor, explicou ainda
Dom Jailton.
Essa é a terceira vez que a
temática da educação será abordada na Campanha da Fraternidade. O tema já foi
objeto de reflexão e ação eclesial em 1982 e 1998. De acordo com a introdução
do texto-base, foi “a realidade de nossos dias que fez com que o tema educação
recebesse destaque, um tempo marcado pela pandemia da Covid-19 e por diversos
conflitos, distanciamentos e polarizações”.
Nessa perspectiva, a educação
é compreendida não apenas com um ato escolar, com transmissão de conteúdo ou
preparação técnica para o mundo do trabalho, mas de um processo que envolve uma
“comunidade” ampliada que inclui todos os atores (família, Igreja, Estado e
sociedade).
A CF 2022 é impulsionada pelo
Pacto Educativo Global, convocado pelo Papa Francisco. Na carta convocação ao
Pacto, o Santo Padre apresenta elementos constitutivos de uma educação
humanizada que contribua na formação de pessoas abertas, integradas e
interligadas, que também sejam capazes de cuidar da casa comum já que a
“educação será ineficaz e os seus esforços estéreis se não se preocupar também
em difundir um novo modelo relativo ao ser humano, à vida, à sociedade e à
relação com a natureza”, conforme explicitado na Encíclica Laudato Si’, 2016,
nº 215.