A vida não é perfeita e nós pagamos o preço de fazer as escolhas certas ou incertas
Com quase 1.700 cargos comissionados a menos na nova estrutura administrativa, o governador eleito, Rui Costa (PT), poderá ter dificuldades para negociar com partidos da base aliada. O petista não vê problemas na situação e não associa os cargos comissionados ao apoio.
Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (1º), o próximo chefe do Executivo baiano apresentou a nova estrutura com 1.694 cargos em déficit. Ainda contabilizam os 2.600 funcionários da Ebal, que será extinta a partir de 2015.
Rui Costa explicou que os cargos, na maioria, são de aposentados ou prestes a deixarem a máquina pública. Os cargos não serão preenchidos posteriormente. Sobre a negociação com os partidos aliados, Rui afirmou que as legendas já sabiam da redução dos cargos.
“Não posso fazer do funcionamento do Estado um instrumento de negociação dos partidos. Eu tenho que honrar esse compromisso é com a população baiana. Tenho que ter recursos para construir o que me comprometi. Quem esteve no palanque junto comigo sabe o que prometi e por isso preciso viabilizar recursos”, afirmou.
O petista transferiu a responsabilidade para o governo federal. Para ele, a recessão de recursos no próximo ano atingirá diretamente a administração nos estados e se preocupa com dificuldades financeiras.
“Não posso iniciar o governo tendo dificuldade de manter a máquina funcionando, muito menos de não ter folga para não conseguir fazer os investimentos. A vida não é perfeita e nós pagamos o preço de fazer as escolhas certas ou incertas”, argumentou.
Além da Ebal, ainda serão extintas a Superintendência de Construções Administrativas da Bahia, da Secretaria de Desenvolvimento Urbano; a Secretaria Extraordinária da Indústria Naval e Portuária; a Secretaria de Assuntos Estratégicos e a Secretaria para Assuntos da Copa do Mundo.
No entanto, o petista criou a Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento; a de Desenvolvimento Rural e a pasta de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social./bocaonews
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