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quarta-feira, 11 de maio de 2016

Grupos contra e pró-impeachment se concentram para votação no Senado


Mulheres que apoiam o governo da presidente Dilma Rousseff  segue em marcha até o Congresso Nacional para acompanhar votação do Senado (Foto: Gabriel Luiz/G1)
Mulheres que apoiam o governo da presidente Dilma Rousseff segue em marcha até o Congresso Nacional para acompanhar votação do Senado (Foto: Gabriel Luiz/G1)

Grupos contra e a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff que estavam acampados na área central de Brasília começaram a seguir em direção à Esplanada dos Ministérios no final da tarde para acompanhar a votação que ocorre no Senado.

Às 17h, grupos de mulheres que apoiam o governo e índios contrários ao impeachment da presidente seguiam para o Congresso Nacional. No Parque da Cidade, defensores do afastamento de Dilma se preparavam para caminhar até a Esplanada dos Ministérios.

Assim como no pleito na Câmara, os manifestantes serão divididos por um muro e um corredor de 80 metros ao longo da Esplanada.

O administrador de empresas Mário Montana veio de Belém, no Pará, para acompanhar a sessão no Senado. Ele chegou à capital na última sexta-feira. “Viemos protestar da forma mais pacífica possível. Acreditamos que hoje será o início de uma mudança.”

Ele demonstrou receio quanto à possibilidade de confrontos após a votação. “Estamos com medo. Já passamos até por uma situação que atiraram um coquetel Molotov em um grupo, nós não queremos enfrentamento.”

Acampamento no Partque da Cidade, em Brasília, de defensores do afastamento da presidente Dilma Rousseff do poder (Foto: Ingrid Borges/G1)
Acampamento no Partque da Cidade, em Brasília, de defensores do afastamento da presidente Dilma Rousseff do poder (Foto: Ingrid Borges/G1)

Manifestantes contrários ao impeachment se reúnem próximo ao Estádio Mané Garrincha. O diretor da Central Única dos Trabalhadores de Brasília (CUT) Julimar Roberto afirma que 50 ônibus – com cerca de 2,5 mil pessoas – estão vindo de todo DF e Entorno para participar da manifestação nesta quarta.

“Ao que tudo indica, o Senado irá votar a favor do relatório. Apesar disso, estamos com um sentimento positivo quanto à mobilização que atingimos. Nós conseguimos transmitir a realidade dos fatos e as injustiças. Mesmo com o resultado do afastamento, teremos 180 dias para continuar todo trabalho de mobilização”, declarou.

Protesto de indígenas

Em Brasília desde 10 de maio para protestar por demarcação de terras, o acampamento Terra Livre, organizado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), planeja ir até a Esplanada para acompanhar a votação do impeachment no Senado. São mil índios de todo o Brasil concentrados ao lado do Memorial dos Povos Indígenas, no Eixo Monumental.

Segurança

Cerca de 1,5 mil policiais militares fazem a segurança na Esplanada nesta quarta-feira. Segundo o governo do DF, 150 policiais civis vão atuar durante o processo. Haverá reforço na 5ª DP, na Asa Norte, delegacia que atende as ocorrência da Esplanada dos Ministérios. O GDF vai destacar 160 bombeiros, 44 agentes de trânsito e dez servidores operacionais.

O muro que divide os manifestantes pró e contra o impeachment no gramado da Esplanada foi erguido entre a Catedral e o Congresso. O mesmo esquema foi adotado durante a votação do processo na Câmara Federal.

Favoráveis ao afastamento da presidente ficam ao lado esquerdo do Congresso e se concentram perto do Teatro Nacional. Manifestantes pró-impeachment ficam ao lado direito, com concentração no Museu da República.

Máscaras, lenços, bandanas e outros adereços que escondam o rosto estão proibidos. O mesmo vale para objetos cortantes e fogos de artifício. Não será permitida a venda de bebidas alcoólicas no local.

Os participantes só poderão ficar até a Alameda dos Estados. O espaço entre a Praça dos Três Poderes, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal, o Palácio do Planalto, o Itamaraty e o Ministério da Justiça será restrito para as forças de segurança.

Votação no Senado

Os parlamentares vão votar nesta quarta o parecer do relator da comissão especial do impeachment no Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), que defende a abertura do processo de afastamento.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta terça-feira (10) que Anastasia (PSDB-MG) e o advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardozo, devem ser os últimos a falar – por 15 minutos cada um – na sessão desta quarta-feira (11) que pode afastar a presidente Dilma Rousseff por até 180 dias.
Os senadores vão decidir se o Senado abre ou não o processo de impeachment da presidente.

Se a maioria simples (metade dos presentes mais um) aprovar a instauração do processo, Dilma será afastada, e o vice Michel Temer assumirá a Presidência da República. Se o parecer for rejeitado, o processo é arquivado.

Orientação de bancadas

O presidente do Senado disse que não é “bom” que os líderes partidários orientem as bancadas sobre a votação a favor ou contra a admissibilidade do processo pelo Senado. “Eu acho que não é necessário. Como é um julgamento, qualquer orientação partidária acaba ajudando a partidarizar um assunto, o que não é bom que aconteça”, disse Renan.

Notificação de Dilma

Mapa mostra divisão de grupos contra e favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff durante votação do processo (Foto: Secretaria de Segurança Pública do DF/Divulgação)

Renan não quis dar detalhes de como e quando a presidente Dilma Rousseff será notificada da decisão dos senadores. O presidente da Casa disse que ela deve ser informada oficialmente pelo primeiro secretário da Mesa do Senado, o senador Vicentinho Alves (PR-TO). A tendência é que a notificação aconteça na quinta-feira./G1

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