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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Meu choro e minha tristeza passam: TRF amplia pena de Lula e aumenta a chance de prisão


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Ao manter a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por unanimidade – e sem nenhuma divergência no voto –, os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) deixaram o petista mais próximo da possibilidade de ser preso. Isso porque resta apenas um recurso para que comece a cumprir a pena de 12 anos e um mês de prisão: os embargos de declaração. Esse tipo de recurso é destinado ao próprio juiz da causa, que deverá analisar uma obscuridade ou omissão, ou seja, os embargos não servem para modificar o mérito da decisão.

Caso um dos desembargadores tivesse votado de forma divergente, ou seja, pela absolvição, a defesa de Lula ainda poderia contar com outro tipo de recurso: os embargos infringentes. Esse sim, poderia modificar a decisão se verificado um equívoco no julgamento. A expectativa é que o acordão do TRF-4 seja publicado na semana que vem, abrindo prazo para que os advogados de Lula ajuízem o embargo de declaração. Terminada a análise do único recurso possível no TRF-4, ele poderá começar a cumprir a pena.

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O ex-presidente pode contar com um prazo um pouco mais dilatado, pois o revisor do processo, desembargador Leandro Paulsen, sairá de férias por um mês na próxima segunda-feira. Já o desembargador Victor Laus sairá de férias em 27 de fevereiro. A turma só estará completa no fim de março e isso é imprescindível para a análise dos embargos.

Para complicar ainda mais os cenários possíveis para o ex-presidente, os desembargadores se amparame na súmula 122 do próprio tribunal, que afirma que “encerrada a jurisdição criminal de segundo grau, deve ter início a execução da pena imposta ao réu, independentemente da eventual interposição de recurso especial ou extraordinário”. Embora com divergências, o Supremo Tribunal Federal segue o mesmo entendimento.

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Depois de notificado pelo TRF-4, a ordem de prisão é expedida pelo juiz Sérgio Moro – coordenador da Operação Lava-Jato e responsável pela condenação de Lula em primeira instância. Mas para tirar o cliente da cadeia, os advogados podem contar com um recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal (STF). O órgão pode inclusive modificar a sentença e inocentar Lula. Mas enquanto não analisam o mérito, os ministros poderão debater sobre o início do cumprimento da pena.

Para evitar a prisão, os advogados de Lula estudam entrar com um pedido de habeas corpus preventivo junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). “Nós vamos utilizar todos os recursos possíveis para anular a decisão de hoje porque ela está condenando alguém que não praticou crime. Não haverá nenhuma medida restritiva contra o ex-presidente Lula”, assegurou o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins.

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Embora o Supremo tenha fixado entendimento sobre a prisão depois de condenação em segunda instância em fevereiro de 2016, em várias decisões individuais os ministros soltaram condenados nessa situação, permitindo que recorressem em liberdade. O assunto veio à tona com duas ações apresentadas pela Ordem de Advogados do Brasil (OAB) e pelo Partido Ecológico Nacional (PEN). Anteriormente, só se admitia a prisão após esgotados todos os recursos possíveis nas quatro instâncias judiciais. Agora está na pauta do órgão a discussão que pode nortear todas as decisões.

Revisor defende detenção após recurso

Os desembargadores João Pedro Gebran Neto (relator do processo), Leandro Paulsen (revisor) e Victor Luiz dos Santos Laus fecharam consenso de que o petista foi beneficiado pelo esquema da OAS. Paulsen, inclusive, defendeu a prisão imediata de Lula após a decisão sobre o recurso que será apresentado pela defesa de Lula.

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A Lava-Jato atribuiu a Lula corrupção e lavagem de R$ 2,2 milhões. O valor corresponde ao triplex e suas reformas no condomínio Solaris, no Guarujá, supostamente custeadas pela empreiteira OAS. O processo envolveu o favorecimento da construtora em contratos com a Petrobras. Em seu voto, Gebran disse que “há provas” de que as reformas que foram feitas no triplex da OAS eram para beneficiar o petista.

“Há provas de que reformas foram feitas para Lula, que as aprovou. O conjunto probatório tem provas de que o triplex foi reservado a Lula”, afirmou. Para ele, existem provas de que o imóvel era parte da propina destinada ao petista pela empreiteira OAS.

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Ao pedir o aumento da pena de Lula, Gebran explicou que a “gravidade” dos crimes “exige” uma pena maior do que a mínima. “Eu considero a culpabilidade extremamente elevada. Há um esquema sofisticado de corrupção no seio da Petrobras. A gravidade dos crimes exige uma pena maior do que a mínima. O ex-presidente compactou com o crime e a censura deve ser acima da média”, afirmou. “Considero um ato de corrupção”, afirmou o magistrado, ao final da leitura de seu voto. “Há provas acima de dúvida razoável.”

O relator disse ter “convicção pessoal” de que o triplex da OAS e suas reformas representaram atos de corrupção que contaram com a participação do petista. Argumentou que o apartamento só não foi transferido para o nome do petista por causa da Operação Lava-Jato. “A situação é identificada como se tivesse sido transferido para um laranja”, acrescentou.

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Ao votar pela manutenção e o aumento da pena, Leandro Paulsen foi enfático: “A autoria e os vínculos de casualidade entre sua (Lula) conduta e atos praticados é inequívoco. Agiu pessoalmente para tanto. Bancou queda de braços com a diretoria da Petrobras e ameaçou substituir diretores da Petrobras para facilitar contratações”, afirmou o desembargador. “Há elemento que (Lula) concorreu de modo livre e consciente para os crimes.”

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Já Victor Laus disse que há provas documentais no processo “para quem quiser ver”. “Por que alguém reforma um imóvel se não tem interesse nele?”, questionou. O magistrado ainda reforçou que é o “contexto geral” que vai unir elementos para sustentar uma convicção num caso como o do ex-presidente. Ele disse que todos os depoimentos do processo foram complementares. “Como juiz, tenho que ter segurança para tomar decisão”, salientou.

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