“9 de maio” na história e na pujança à luz dos 34 anos de emancipação de Teixeira de Freitas

O município de Teixeira de Freitas completa nesta quinta-feira, dia 9 de maio de 2019, o seu 34º Aniversário de Emancipação Político Administrativa. O Povoado de Teixeira de Freitas teve sua origem em consequência do grande volume de madeira de lei existente na região, o que proporcionou a formação de casas, criando assim, o povoado, que mais tarde foi denominado São José de Itanhém, por ficar próximo à margem esquerda do rio Itanhém/rio Alcobaça.

Na década de 50, quando ainda havia matas virgens pela localidade, chegaram os senhores Hermenegildo Félix de Almeida e Júlio José de Oliveira, iniciando o desmatamento; posteriormente, a firma Eleosíppo Cunha construiu um acampamento coberto de palhas, dando início à extração de madeira. Mais tarde chegaram para fixar residência no dito povoado, os senhores Joel Antunes, Manoel de Etelvina, Aurélio José de Oliveira, Duca Ferreira e a família dos Guerra.

Em 14 de abril de 1958, na capela de São Pedro, foi celebrado o primeiro casamento religioso, sendo o celebrante o Frei Olavo e como nubentes, os jovens Aurélio José de Oliveira e Izaura Matias de Jesus. Devido ao bifurcamento das estradas de rodagem e Água Fria, hoje cidade de Medeiros Neto e o povoado de São José de Itanhém ao porto de Santa Luzia, no município de Nova Viçosa, sendo esta a última rodagem de propriedade da firma madeireira Eleosíppo Cunha, o povoado de São José de Itanhém era conhecido popularmente como “Povoado Perna Aberta”, hoje no centro de Teixeira de Freitas, as antigas rodagens estão localizadas na Avenida Marechal Castelo Branco e rua Princesa Isabel, fazendo sua junção na esquina da extinta Casa Barbosa.

Com o grande comércio de madeira de lei, o povoado desenvolveu bastante, provocando a imigração de comerciantes, agricultores e pecuaristas de outras regiões, entre eles, os Senhores Hegberto Rabelo Pina e Alcenor Barbosa. Com a morte do ilustre baiano e estatístico Mário Augusto Teixeira de Freitas, o idealizador e organizador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o governo achou por bem prestar- lhe uma homenagem póstuma, tendo os chefes das agências de estatísticas recebido ordens da direção central do IBGE, no sentido de propor junto aos prefeitos de cada município que fosse dado o nome de Teixeira de Freitas a um logradouro.

Em 1957, o então chefe das agências de estatísticas de Alcobaça, o senhor Miguel Geraldo Farias Pires, em cumprimento às determinações emanadas da Inspetoria do IBGE na Bahia, oficialmente, solicitou da Prefeitura Municipal e Câmara Municipal de Alcobaça a homenagem póstuma ao imortal baiano Mário Augusto Teixeira de Freitas, jurista de notório saber, professor de estatística, natural de São Francisco do Conde (31/03/1890 – 22/02/1956), dando-lhe o seu nome ao Povoado de São José de Itanhém, o que foi bem aceito pelo Poder Executivo e pelo Poder Legislativo de Alcobaça. Nessa época, era prefeito do município, o senhor Wilson Alves de Brito e o presidente da Câmara Municipal, o senhor Ângelo Soares Dias.

Com a realização do Censo Demográfico de 1970, Teixeira de Freitas contava com uma população de oito mil habitantes. Implantada a BR-101, o povoado cresceu consideravelmente, tendo em 1980 mais de 40 mil habitantes e se transformando no maior polo industrial, comercial e habitacional da região. Quando o município se emancipou, já possuía uma população estimada em 80 mil habitantes, e em 2018, conforme dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE possui uma população estimada de 162.971 habitantes. Com o recadastramento biométrico da Justiça Eleitoral em 2019, o seu eleitorado se elevou de 104 para 107 mil eleitores. Além da sede, Teixeira de Freitas possui 5 povoamentos: Santo Antônio, Duque de Caxias, Vila Marinha, Jardim Novo e o distrito de Cachoeira do Mato, além de 42 comunidades rurais.

Teixeira de Freitas possui 72 bairros com 51.429 domicílios residenciais, dentre eles, 28.410 imóveis possuem rede de esgoto da EMBASA, onde 96,58% da população possui água tratada e 61,19% possui rede de esgotamento sanitário. Cortada pelas Rodovias BR-101, BA-290 e margeada pela BR-418, à cidade é hoje, a 7ª maior do interior da Bahia e a 10ª do Estado. E se tornou o centro das atenções do extremo sul baiano, nordeste de Minas Gerais e extremo norte do Espírito Santo, por sediar o principal polo comercial, de saúde pública e de educação da tríplice fronteira dos estados da Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo.

Em 31 de dezembro de 2018, Teixeira de Freitas fechou o registro de 5.211 empresas ativas e, na Bahia, Teixeira de Freitas só perde na pujança comercial para Vitória da Conquista, Feira de Santana e Salvador, são hoje 21.303 pessoas trabalhando no comércio. A 24ª Coordenadoria Regional de Trânsito possui atualmente 65 mil veículos emplacados somente em Teixeira de Freitas. São 13 municípios do extremo sul baiano, 10 do extremo norte capixaba e 12 do nordeste mineiro consumindo diariamente em Teixeira de Freitas. Embora tenha um dos menores territórios geográficos do extremo sul, com apenas 1.154 km² desmembrado dos municípios de Alcobaça (68%) e Caravelas (32%), em 9 de maio de 1985, mas ainda é da zona rural, que o município mais arrecada com 51% da sua receita tributada. (Por Athylla Borborema)