Aparecer

Aparecer

“Quem tem telhado de vidro não atira pedra no do vizinho”

“Quem tem telhado de vidro não atira pedra no do vizinho”

SÍTIO RIVERSIDE RANCH, UM SONHO REALIZADO COM MUITO SACRIFÍCIO E LUTA, A HISTÓRIA DE OZILENE HERLAN

Siga-nos no instagram

domingo, 11 de janeiro de 2015

Médico é condenado a 27 anos de prisão por cobrar parto no SUS


Foto: Nilton Fukuda/Estadão
  Segundo a denúncia do Ministério Público, o médico chegou a cobrar R$ 650 para fazer uma cesariana no Rio Grande do Sul; ele poderá recorrer em liberdade  


A Justiça do Rio Grande do Sul condenou o médico Luis Carlos Michell, servidor público municipal do Hospital de Santa Bárbara do Sul, no interior do Estado, a 27 anos e dois meses de reclusão, em regime inicial fechado. Ele era acusado de cobrar ilegalmente partos pelo SUS entre 2009 e 2010. A decisão judicial foi tomada na quinta-feira, 8, e ele poderá recorrer em liberdade.

Michell foi condenado ainda à perda do cargo público e ao pagamento de reparação pelas cobranças indevidas das pacientes, a título de honorários médicos e outros procedimentos cirúrgicos. Segundo a denúncia do Ministério Público, o médico chegou a cobrar R$ 650 para fazer uma cesariana. “As vítimas, com receio de não receberem atendimento adequado durante o parto e da ocorrência de problemas no nascimento da criança, cederam à cobrança do denunciado, concordando com o pagamento do valor”, diz a denúncia.

A Promotoria afirmou que o médico exigia das pacientes valores extras para a realização de partos e outros procedimentos cirúrgicos. Após a denúncia de duas, das nove vítimas, junto ao Ministério Público, o médico foi investigado e denunciado pelo crime de concussão. O médico negou que tenha cobrado pelos partos e alegou ter havido confusão dos pacientes com os planos particulares e o SUS. Ele afirmou ainda que pode ter ocorrido pressão política. “O seu partido era contrário ao da situação do poder. Alguns amigos queriam que fosse candidato a Prefeito e/ou vereador, mas não tinha intenção”, acrescentou o médico no processo.

A juíza Marilene Parizotto Campagna, da Vara Judicial da Comarca de Santa Bárbara do Sul, afirmou que o motivo das cobranças foi obter lucro fácil. Segundo ela, as circunstâncias e consequências do crime são reprováveis, pois foram cometidos contra pessoas pobres e humildes. “Obrigando-as a, em alguns casos, pedir dinheiro emprestado para serem atendidas. Isso sem contar que a vítima M. P. M. ficou três dias tomando soro, sem beber e sem comer, para forçar um parto normal, pois a cesárea somente seria realizada se efetuasse o pagamento da quantia exigida pelo acusado”, disse a magistrada.

COM A PALAVRA, A DEFESA.

O advogado Amadeu de Almeida Weinmann, que defende o médico, informou que não havia lido a decisão da Justiça e, por isso, não poderia falar nada sobre o caso. Disse apenas que “é certo que vai recorrer”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Rua principal de Jucuruçu - Bahia, 3 de março de 2024.

Jucuruçu - Bahia. Pedaço bom do Brasil.