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quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Mulher que acusava João de Deus de estupro comete suicídio




Sabrina Bittencourt, ativista social pelos direitos humanos, afirmou que uma das mulheres que relatou abuso de João de Deus se matou nesta quarta-feira, 12. A mulher se desesperou quando viu o médium retornar às funções na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia.

“A família da vítima nunca acreditou nos relatos de abuso”, disse Sabrina para a coluna de Mônica Bergamo, “São todos seguidores do médium”.

Sabrina Bittencourt, ativista social pelos direitos humanos, negou a veracidade do vídeo divulgado no perfil oficial de João de Deus nesta terça-feira, 11, em que Dalva Teixeira, filha do médium, aparece desmentindo a informação de que teria sido vítima de abuso sexual por parte do pai.

Representante de Dalva e do advogado da vítima, Marcos Eduardo Bocchini, no caso das denúncias contra o espírita, a empreendedora social afirmou que a gravação em que Dalva aparece não é de agora, e sim, de 2017, época em que teria sido ameaçada pela equipe do pai caso levasse adiante as acusações.

“Ambos [Dalva e Marcos Bocchini] estão sofrendo ameaças de morte. Eu também, há dois meses. Mas a informação que temos é que ela era abusada desde a infância”, revelou em entrevista exclusiva à Catraca livre.

Segundo Sabrina, Dalva foi internada em uma clínica de forma compulsória assim que João de Deus soube das primeiras acusações feitas por ela, e foi obrigada a gravar o vídeo negando os tais crimes. Na ocasião, o médium estava lançando o documentário “João de Deus – O Silêncio É uma Prece” e teria ficado com medo de o escândalo prejudicar a repercussão do longa.

“Eles lançaram esse vídeo gravado em 2017, quando os filhos [de Dalva] estavam sendo ameaçados de morte. Ele tinha sedado ela e internado de forma compulsória. Depois de internada por um tempo, os capangas de João foram ate lá – porque ele estava com medo [de ser descoberto] – e foi feito um acordo financeiro para o processo não ser levado adiante. Estava na época do lançamento do filme dele. Então, eles disseram: ‘Se você não gravar esse vídeo, nós vamos matar o seus filhos’. E o João de Deus a fez dizer que isso era uma motivação do ex-marido, por dinheiro”, declarou.

Sabrina Bittencourt reiterou também que tem sido procurada por outras mulheres que relataram abusos de João de Deus e as orienta a fazer uma denúncia ao Ministério Público. “Eu tenho recebido tantas denúncias e direcionando ao Ministério Público e a terapeutas, porque a mídia tem mostrado esse caso na TV e elas [vítimas] acabam assistindo tudo isso e a emoção volta”.

A ativista social também afirmou que as acusações não são de agora. Segundo ela, diversas mulheres foram às delegacias denunciar o médium e teriam recebido orientações de não dar sequência no processo, pois “João de Deus é muito perigoso e tem costas quentes no judiciário”.

“Muitas delas, inclusive, são pressionadas a não falar nada pela própria família, que é devota dele, por maridos, e eu fico com um trabalho de convencimento destas vítimas”, completou.

Sabrina criou junto com um grupo de mulheres o Combate ao Abuso no Meio Espiritual (COAME), para recolher depoimentos e dar apoio às vítimas. Além disso, a ativista lançou uma campanha por meio do Facebook para fazer um alerta às celebridades como Oprah Winfrey – que se consultou com João de Deus – sobre o escândalo dos abusos.

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