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sábado, 4 de março de 2023

Bolsonaro tentou trazer ilegalmente joias de R$ 16 mi para Michelle




O governo do ex-presidente Jair Bolsonaro tentou trazer ilegalmente ao Brasil joias com diamantes avaliadas em R$ 16,5 milhões. As peças eram presentes do governo da Arábia Saudita para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro. As informações são do "O Estado de S. Paulo". 

As joias, segundo o jornal, incluem colar, anel, relógio e brincos de diamantes. Também havia um certificado de autenticidade da marca Chopard. As joias foram presenteadas em outubro de 2021, quando o ex-presidente Bolsonaro fez viagem oficial para a Arábia Saudita. 

Procurado pelo "Estado de S. Paulo", Bento Albuquerque, ex-ministro de Minas e Energia do Brasil durante o governo Bolsonaro, confirmou que os itens eram para Michelle. Mas ele afirmou que, à época, não conhecia o conteúdo dos estojos. Só sabia que eram presentes para a primeira-dama. 

As joias chegaram ao Brasil no dia 26 daquele mês, em um avião com integrantes da comitiva brasileira, no aeroporto de Guarulhos. As joias para Michelle estavam na mochila de Marcos André dos Santos Soeiro, assessor de Bento Albuquerque. 

Quando ele passou pela alfândega, a Receita pediu para o assessor colocar a mochila no raio-x. Em seguida, agentes da Receita decidiram revistar a mochila. Foi quando encontraram as joias. Os itens foram retidos devido ao não pagamento do imposto de importação, além do fato de que foram ocultadas, que geraria multa. 

Para reaver as joias, Bolsonaro precisaria pagar cerca de R$ 12 milhões. O pagamento não foi realizado e as joias ficaram com a Receita. 

Ainda de acordo com o jornal, o governo Bolsonaro tentou conseguir as joias novamente, sem pagar o imposto e a multa. Em 3 de novembro de 2021, o Ministério de Minas e Energia acionou o Ministério de Relações Exteriores para auxiliar no caso. 

O Itamaraty pediu para a Receita tomar “providências necessárias para liberação dos bens retidos”. No entanto, a Receita informou que o único procedimento possível para a liberação seria fazendo os pagamentos. 

O comando da Receita chegou a tentar conseguir a liberação, pressionando os fiscais, mas estes, que têm estabilidade na carreira prevista em lei, resistiram a entregar de forma irregular. 

Poucos dias antes do fim do governo, em 28 de dezembro de 2022, uma nova tentativa de reaver as joias foi feita. O próprio Bolsonaro enviou um ofício para a Receita pedindo a devolução dos bens. Sem sucesso.


No dia 29, relata o Estadão, um funcionário do governo identificado como Jairo foi a Guarulhos com um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Lá, ele argumentou que as joias não poderiam ficar retidas, porque haveria mudança de governo. A argumentação, no entanto, não teve êxito./correio24horas

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