O adolescente Guilherme Silva de Santana, 16 anos, morto durante uma abordagem da Polícia Militar em Porto Seguro, foi enterrado na manhã desta segunda-feira (3), no cemitério do bairro Paraguai.
Durante o enterro, familiares e amigos protestaram contra a ação policial, alegando que o jovem não estava envolvido em crime.
De acordo com familiares, Guilherme estava na garupa da moto de um amigo, também menor de idade, quando foi baleado nas costas na noite de sábado (1). O condutor foi atingido de raspão no braço.
Segundo relatos, os dois voltavam do bairro Vila Parracho quando avistaram uma viatura da PM com faróis e giroflex desligados. Com medo de parar, já que não tinham carteira de habilitação, tentaram fugir. A perseguição terminou no Vila Jardim, a cerca de três quilômetros da casa de Guilherme.
A PM levou Guilherme ao Hospital Luís Eduardo Magalhães, mas ele já chegou sem vida. O amigo fugiu para uma área de mata.
Após o sepultamento, manifestantes protestaram em frente ao 8º Batalhão da PM e seguiram até a delegacia, cobrando investigação sobre a abordagem.
O protesto ocorreu em frente ao 8º Batalhão da Polícia Militar e à delegacia da Polícia Civil em Porto Seguro
O delegado responsável informou que os policiais serão ouvidos novamente, assim como testemunhas. Ele também solicitou perícia nas armas dos agentes e no revolver que, segundo a PM, foi apreendido com um dos jovens. Câmeras de segurança devem ser analisadas para esclarecer o caso.
No boletim de ocorrência, os policiais relataram que os jovens estavam em um grupo que trocou tiros com a guarnição no bairro Vila Parracho. Após levar Guilherme ao hospital, os agentes afirmam ter retornado ao local e encontrado uma bolsa com um revolver e drogas.
A família nega envolvimento dos jovens em confronto e afirma que eles estavam no local para comprar bebida.
Até o momento, o comando do
8º Batalhão da Polícia Militar não se manifestou sobre a abordagem que resultou
na morte de Guilherme./radarnews
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