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quarta-feira, 12 de novembro de 2025

TCM rejeita recurso e mantém suspensão do concurso com suspeitas de fraude da Câmara de Teixeira de Freitas


Salvador/BA — Em um plenário tenso e carregado de significados, o Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM/BA) rejeitou categoricamente a investida do presidente da Câmara Municipal de Teixeira de Freitas, Jonantas dos Santos, de reverter a suspensão do concurso público da Casa, marcado por várias denúncias robustas de fraude, sob a responsabilidade do INSTITUTO BAHIA (que teve sua nomenclatura alterada para Instituto Exitus) com suposta sede fantasma em Feira de Santana. 

O desfecho chegou na manhã da última terça-feira (11/11), durante a 70ª sessão ordinária do Pleno do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, quando o Conselheiro Nelson Pellegrino, relator do agravo nº 30100e25, impetrado pelo Presidente da Câmara de Vereadores Jonatas dos Santos (MDB) que tentava “reverter” a cautelar que suspendeu o concurso da Câmara por indícios robustos de fraude, lavrou um voto que não deixa margem a dúvidas: a medida cautelar nº 29983e25 permanece em vigor. O concurso segue suspenso. O jogo terminou 2 a 0 para a transparência.  

DEFESA TROCADA, PRESSÃO MÁXIMA E DERROTA EM PLENÁRIO 

A movimentação era sofisticada. Nos autos, constava o nome do procurador comissionado da Câmara, Hebert Chargas que tem recebido a bagatela de R$ 24 mil reais mensais de salários (tudo pago pelo suor do contribuinte teixeirense). Mas quem entrou no combate oral foi o advogado Luciano Porto, que sustentou com veemência o pedido de revogação da suspensão. Porto sabia que enfrentava um tribunal vigilante e atuante. Tentou argumentar, apresentou fatos, suplicou, mais  nada adiantou. 

O relator Pellegrino ouviu tudo, cada palavra, cada nuance retórica,  e respondeu com três palavras que caíram como dinamite no salão do pleno: Os indícios são graves e persistem. 

Interessante que o advogado Hebert Chargas que exarou o parecer para a dispensa de licitação 021/2025 não defendeu a Câmara neste agravo, e a pergunta que fica no ar é: será porque? Fontes consultadas pelo  Zero Hora News apontam três hipóteses possiveis: Medo de exposição, Hebert, como autor do parecer que chancelou a contratação da empresa INSTITUTO BAHIA (atualmente Instituto Exitus) suspeita de fraude, pode ter receio de ser questionado sobre sua participação na contratação com indícios de fraude. Outra possibilidade aventada é a questão técnica, pois a gravidade do caso pode ter exigido profissional externo mais experiente, evidenciando a fragilidade da defesa da Câmara e do parecer exarado. Outro motivo pode ter sido por Estratégia de distanciamento, pois a Câmara de Teixeira de Freitas pode estar tentando blindar Hebert de futuras responsabilizações, colocando outro jurídico na linha de frente. 

O voto do Conselheiro Nelson Pellegrino não se limitou a rejeitar o agravo apenas. Ele desenhou um quadro tenebroso que aponta para algo muito maior do que irregularidades isoladas em Teixeira de Freitas. Segundo o relator, há um padrão sistemático de sombras negras e fraude que atravessa municípios e bancas de concurso, daí foram enviados ofícios e requisições de informações a diversos órgãos. 

 

NO VOTO APRESENTADO TRÊS BOMBAS ACABARAM EXPLODINDO COMO UMA DINAMITE: 

1 OPERAÇÃO GABARITO — O Cerco Criminal 

O relator citou explicitamente a investigação do GAECO (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) de Sergipe, que opera sob a égide da Operação Gabarito. Trata-se de uma apuração criminal que investiga nada menos que venda de vagas em concursos públicos, um esquema mafioso que sugere corrupção até as raízes, no qual o INSTITUTO BAHIA está sob investigação. 

A simples menção dessa operação no contexto do concurso de Teixeira de Freitas é um sinal de alerta vermelho piscando. Se o GAECO está atento, é porque há fumaça. E onde há fumaça sempre acaba tendo fogo. 

2 CONCEIÇÃO DO JACUÍPE,  O PASSADO QUE CONDENA 

Pellegrino trouxe à baila o concurso anulado de Conceição do Jacuípe, organizado pela mesma banca que ronda Teixeira de Freitas, ou seja o INSTITUTO BAHIA. A anulação não foi capricho, veio de uma recomendação do Ministério Público (IDEA Nº 003.9.538541/2024), que comprovadamente encontrou "graves indícios de fraudes e favorecimento a candidatos ligados a políticos da cidade", sem falar de um suposto  calote milionário ou seja, mais de R$ 2,4 milhões de Reais arrecadados em taxas de inscrição que simplesmente "desapareceram". Importante  observar que é a mesma banca, o mesmo modus operandi, o mesmo resultado. 

3 RIACHO DE SANTANA  É A PROVA MATERIAL 

E como se não bastasse, o relator destacou que o município de Riacho de Santana foi impedido de contratar com o INSTITUTO BAHIA após descobrir uma infração gravíssima: violação do sigilo de gabaritos das provas. Não é acusação,é fato documentado, sigilo violado, provas expostas e Integridade comprometida. 

"A manutenção da cautelar não é apenas recomendável é imperativa", registrou Pellegrino no voto que virou pedra no sapato da Câmara de Teixeira de Freitas. A suspensão do concurso, longe de ser "exagero", mostra-se como ato de justiça preventiva e necessária. 

O RETRATO COMPLETO DE FRAUDE EM SÉRIE 

Enquanto a Câmara de Teixeira tentava salvar um concurso com fortes indícios de fraudes e irregularidades, o que emergia da sessão do TCM era um retrato desolador de incompetência, irregularidades ou, pior, de má-fé sistemática. 

Cidade  Banca  Situação  Indício -  Conceição do Jacuípe -  Instituto Bahia  Concurso Anulado  Fraude comprovada (MP) - Riacho de Santana  Instituto Bahia  Proibição de Contratar  Violação de Sigilo -  Teixeira de Freitas  Instituto Bahia  Concurso Suspenso  Irregularidades Graves.

JONANTAS DOS SANTOS: A DERROTA POLÍTICA 

O presidente Jonantas dos Santos (MDB) saiu desta sessão com a reputação extremamente abalada. A Câmara que deveria garantir a moralidade do certame aparenta, agora, como uma instituição disposta a burlar regras para alcançar fins obscuros. A tentativa de forçar a revogação da cautelar soou mal aos ouvidos da população de Teixeira de Freitas e do conselheiro Nelson Pellegrino que mostrou que o TCM está vigilante. 

O QUE VAI ACONTECER  AGORA? 

O concurso permanece suspenso por tempo indeterminado e  a  Câmara de Teixeira de Freitas segue sob escrutínio do controle externo. O julgamento de mérito não tem data marcada, porém  o Zero Hora News estará presente quando assim acontecer, documentando cada etapa, expondo cada irregularidade, dando voz à população. 

O Jornalista Vanderlei Filho denunciante das irregularidades, comemorou a decisão: "É uma vitória da legalidade, pois é muito importante o escrutinio de pessoas  que ocupam um cargo público, nós como jornalistas temos o dever de fiscalizar a atuação dessas pessoas, quando olhamos com atenção o que eles estão fazendo, a gente está defendendo o direito da sociedade de se informar bem sobre a atuação dos servidores públicos que trabalaham para a população, esperamos que as autoridades investiguem até o fundo". 

O TCM/BA disse não disse não à pressa, não ao improviso e também não à fraude. E disse um sonoro sim à moralidade, à transparência e à proteção do erário público, evitando assim de escorrer pelo ralo da corrupção. 

Denuncie irregularidades em licitações ou concursos, a sua indentidade será mantida no mais absoluto sigilo, pois a Lei assim garante. 

 E-mail: vanderleizerohoranews@gmail.com.br  WhatsApp: (73) 98840-9200 - garantimos o sigilo da fonte. 

Reportagem: Vanderlei Filho. Edição: Equipe Zero Hora News. Cobertura especial da 70ª sessão ordinária do TCM-BA

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