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quarta-feira, 28 de março de 2018

Caravana de Lula é alvo de atentado no Paraná



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QUEDAS DO IGUAÇU E LARANJEIRAS DO SUL (PR)  -  Atualizada às 23h26 - A caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela região Sul foi alvo de um atentado nesta terça-feira. Dois dos três ônibus da comitiva foram atingidos por disparos de armas de fogo,  entre Quedas do Iguaçu e  Laranjeiras do Sul, no Paraná. Lula estava no terceiro ônibus, que não foi alvejado.

Um dos ônibus, onde estavam jornalistas brasileiros e estrangeiros, foi atingido por dois disparos de armas de baixo calibre. O outro veículo, alvo de um disparo, transportava convidados do PT. Não houve feridos.

Os ônibus foram atingidos no fim da tarde de ontem, cerca de 15 minutos depois de saírem de Quedas do Iguaçu, onde Lula participou de um ato com pequenos produtores rurais, militantes do PT e do MST. Foram jogados "miguelitos", espécie de prego com cinco  pontas, para furar os pneus. Os passageiros relataram que escutaram um barulho seco contra a lataria e pensaram que eram pedras.

Os motoristas dos veículos percorreram ainda cerca de 60 quilômetros, com receio de parar perto do local do ataque, e estacionaram próximo à cidade de Laranjeiras do Sul, onde foram os últimos eventos da caravana nesta terça-feira. Nesse momento, viram as marcas de disparo na lataria e dois pneus furados de um dos ônibus.

Segundo o delegado de Laranjeiras do Sul, Fabiano Oliveira, pelo menos duas pessoas devem ter participado do ataque. A coordenação da caravana fez um boletim de ocorrência e não há prazo para a conclusão do laudo pericial.

Coordenador da caravana, o vice-presidente do PT Marcio Macedo disse que foi uma tentativa de "emboscada" e uma ação de "banditismo". Macedo afirmou que se reuniu com o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), há duas semanas para pedir segurança.

"Se acontecer alguma coisa contra Lula, contra algum integrante da comitiva a responsabilidade será do presidente Michel Temer, do ministro da Segurança [Raul Jungmann] e do governador do Paraná, disse. "É ação de milícia armada, da turma do [Jair] Bolsonaro".

A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR) cobrou um pronunciamento do governo federal e do Paraná. "É muito grave, poderia ter matado pessoas. Queremos uma manifestação das autoridades", disse. O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (SP), telefonou ao ministro da Segurança, Raul Jungmann, pedindo providências.

Depois do atentado, o ex-presidente afirmou que não vai se intimidar. "Pode atirar pedra. Deem tiro no ônibus como deram hoje. Se pensam que com isso vão acabar com a minha disposição em lutar, estão enganados", afirmou ao visitar um assentamento do MST, em Laranjeiras do Sul. "Querem matar? Eles mataram Tiradentes. Salgaram a carne e penduraram nos postes, mas eles não mataram a ideia libertária da independência".

A Secretaria de Segurança Pública do Paraná disse que abrirá inquérito para apurar os fatos. Em nota, afirmou que "o ex-presidente não estava no ônibus" da caravana e que o petista  foi à universidade federal em Laranjeiras do Sul de helicóptero. A secretaria disse ainda que o PT não havia pedido escolta.

Lula, no entanto, estava sim no ônibus. O PT reiterou que pediu escolta. "A secretaria de segurança pública mente para omitir a responsabilidade no atentado sofrido pela caravana do ex-presidente Lula", afirmou o partido, em nota. "O PT pediu sim ao governo do Estado toda segurança à caravana".  A comitiva não foi escoltada pela polícia no Paraná.

A caravana do ex-presidente tem sido alvo de ataques de antipetistas durante todo o percurso pela região Sul.

Pela manhã, em Quedas do Iguaçu, Lula  disse que nunca tinha visto tamanha "barbárie" e "selvageria" em manifestações. O ex-presidente fez um relato dos incidentes ao longo dos nove dias de sua viagem pelo Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, e afirmou que os  antipetistas esperavam sua caravana com paus, pedras, rojões, ovos, pneus queimados e estradas bloqueadas, além de tentarem impedi-lo de circular pelas cidades.

Centenas de moradores de Quedas do Iguaçu, entre eles pequenos produtores rurais, assentados de acampamentos do MST e petistas, assistiram ao discurso apesar da chuva e do atraso de quase quatro horas. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann afirmou que a caravana havia recebido a informação de que poderia ter bloqueio na estrada para impedir a chegada do ex-presidente.

"Eu nunca tinha assistido selvageria como estamos assistindo agora, de um grupo de pessoas que eu não sei quem são, que nos espera em cada trevo com pau, pedra, rojão e com bomba, jogando de forma irresponsável no ônibus para tentar evitar que a nossa caravana chegue no lugar que esta marcado", disse Lula.

"Viajo esse país há muitos e muitos anos e eu nunca vi barbárie como essa ", afirmou. Desde o primeiro dia da caravana,  Bagé (RS), Lula e seus apoiadores têm sido hostilizados por antipetistas.

De forma geral, são poucas pessoas, organizados em grupos com até 30 manifestantes, que têm feito as ações violentas. Em Bagé, disse o ex-presidente, caminhões e tratores de produtores rurais bloquearam a estrada para impedir o acesso à cidade.  Os protestos continuaram. "Em todas as cidades e tinha trator, caminhão , pau e pedra", afirmou. 

Em Cruz Alta (RS), houve quatro mulheres feridas. Em Chapecó (SC), tentaram impedir a entrada de Lula no hotel e depois, houve uma tentativa de invasão ao local. Anteontem, em Francisco Beltrão (PR), antipetistas bloquearam um dos acessos à cidade.

Com a escalada da violência contra Lula, os organizadores da caravana estão preocupados com o encerramento das atividades nesta quarta-feira, em Curitiba, no fim da tarde. Pela manhã, o pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL-RJ), marcou um ato no aeroporto de São José dos Pinhais, próximo a Curitiba, que tem sido visto pelos petistas como uma provocação à caravana./ valor

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