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quinta-feira, 5 de abril de 2018

Ao vivo: STF julga habeas corpus contra prisão de Lula



Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) julgam habeas corpus preventivo do ex-presidente Lula - 22/03/2018



O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou, a partir das 14 horas desta quarta-feira, o julgamento do habeas corpus preventivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os onze ministros decidem se concederão ou não ao petista o direito de responder em liberdade até o final do processo em que foi condenado em primeira e segunda instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, pela posse e reforma de um apartamento tríplex no Guarujá (SP).

Se o pedido for rejeitado, Lula pode ficar diante da possibilidade de um mandado do juiz Sergio Moro determinando a imediata execução da pena, de doze anos e um mês de prisão.

Advogado do ex-presidente Lula, José Roberto Batochio pede que a presidente do STF, Cármen Lúcia, deixe de votar, citando que há um histórico de que a chefia do Supremo não vote em casos de habeas corpus. A presidente diz que não concorda, por ser questão constitucional, mas que colocará em votação para não haver contestação posterior.

Agora, o placar é de 5 votos pela aceitação e 5 votos pela rejeição do habeas corpus. Decisão final será da ministra Cármen Lúcia,  após mais de uma hora, o ministro Celso de Mello afirma que se encaminha para a conclusão do voto. Depois dele, faltará apenas a presidente Cármen Lúcia.

O ministro Celso de Mello diferencia as prisões preventivas da execução provisória da pena. Para ele, dizer que é possível prender réus que interfiram no processo (como ocultação de provas ou perseguição a testemunhas, por exemplo), é diferente de executar as penas após a condenação em segunda instância. Esse foi um dos argumentos do ministro Alexandre de Moraes, para sustentar que a Constituição não veda prisões antes do final de processos.

Celso de Mello é o penúltimo a votar. Depois, a presidente Cármen Lúcia. Relembre como votaram até agora os ministros da Corte.

 ministro Celso de Mello argumenta que uma alternativa à prisão após condenação em segunda instância seria a possibilidade de restringir as possibilidades de recursos especiais (ao STJ) e extraordinários (ao STF). Na avaliação do decano, novas leis poderiam mudar as regras para os recursos e agilizar que as ações cheguem ao trânsito em julgado.

"Nada compensa a ruptura da ordem constitucional", adverte o decano. Celso de Mello enfatiza que há quase 29 anos tem julgado que as sanções penais somente podem ser executadas após o trânsito em julgado da sentença  condenatória.

O ministro Celso de Mello segue indicando que vai empatar o julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula no STF. Agora, argumenta que pode ser “abusiva ou ilegal” a utilização da opinião popular como fundamento para decisão judicial. Ele também citou “pressões externas”, no que pareceu ser uma referência aos comentários do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, a respeito da sessão desta quarta-feira.

O ministro Marco Aurélio Mello vota contra o habeas corpus do ex-presidente Lula. Agora, finalizam o decano, Celso de Mello, e a presidente Cármen Lúcia.

“Se arrependimento matasse, hoje eu seria um homem morto”, diz o ministro Marco Aurélio. Ele relembra que pretendia apresentar questão de ordem para forçar a pauta das duas ações gerais, mas desistiu, porque imaginou que a análise do habeas corpus do ex-presidente incluiria a discussão sobre a prisão após condenação em segunda instância.

O advogado do ex-presidente Lula, José Roberto Batochio, pediu que, se o habeas corpus seja rejeitado, que o Supremo estenda o salvo-conduto do petista até o dia da análise das questões gerais sobre a prisão em segunda instância.

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) está em frente à casa do ex-presidente Lula, em São Bernardo do Campo (SP). O ato é comandado por Guilherme Boulos, pré-candidato à Presidência da República pelo PSOL.

O ministro Marco Aurélio Mello cobrou mais uma vez que sejam colocadas em votação as ações diretas de constitucionalidade (ADCs) que pretendem reverter a prisão após a condenação em segunda instância. Ele também argumentou que, ao contrário do que disseram dos colegas, a maioria dos entendimentos internacionais privilegiaria a presunção de inocência e não a execução provisória. “No Brasil, presume-se que todos sejam salafrários até prova em contrário”.

Em sua casa, em Curitiba, o juiz Sergio Moro acompanha atentamente o julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula no Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com o blog Paraná, ele assiste a sessão do Supremo ao lado da esposa, a advogada Rosângela Wolff Moro.

Para min Marco Aurélio, a garantia constitucional de que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória é  uma condição para que se possa chegar à execução da pena.

Indicando que, como esperado, votará a favor do habeas corpus do ex-presidente Lula, o ministro Marco Aurélio Mello diz ser contra o “populismo judicial”. Foi uma cutucada em outros ministros que teriam votado de acordo com a pressão popular. Ao menos no começo de seu voto, ele não ensejou que pedirá vista.

É importante ressaltar que, apesar de os três terem sido favoráveis ao habeas corpus, os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski votaram de forma diversa entre si. Gilmar e Toffoli votaram para conceder o salvo-conduto até o julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Lewandowski foi além e defendeu a liberdade do ex-presidente Lula até um eventual julgamento no STF.

O ministro Ricardo Lewandowski vota para aceitar o habeas corpus do ex-presidente Lula. Vota agora o ministro Marco Aurélio Mello. Existe a expectativa de que ele possa fazer um pedido de vista.


O ministro Ricardo Lewandowski, assim como os colegas, se baseia em ordenamentos jurídicos estrangeiros para defender seu ponto. Se Luís Roberto Barroso insistiu que o Brasil é a exceção na quantidade de instâncias recursais, Lewandowski insiste que “jabuticaba”, de verdade, é a “prisão automática”. “Não existe em nenhum país civilizado”, argumenta.

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