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quarta-feira, 2 de maio de 2018

MAIS DO QUE O DOBRO: terrenos do Cidade Nova seriam comprados por mais de 4 milhões de reais por Paulinho de Tixa





Mucuri: Na última semana o munícipio viveu uma polêmica envolvendo a aquisição via desapropriação de 100 (cem) lotes de terrenos do loteamento Cidade Nova em Itabatan, especificamente no setor C, quadras 174, 180, 181, 182 e 183 por parte da prefeitura municipal. Na ocasião a prefeitura de Mucuri desapropriou junto a empresa NH Empreendimentos e Incorporação, 100 (cem) lotes de terrenos ao custo total de R$ 2.305.635,10 (dois milhões, trezentos e cinco mil, seiscentos e trinta e cinco reais e dez centavos).

A polêmica tomou conta dos bastidores da política mucuriense quando o Ministério Público questionou a aquisição.

Daí em diante, insuflado pelo vereador e dublê de radialista, Saullo Souza Santos (PSL), que em troca de apoio político a família Pinto, ganhou um programa na emissora de rádio Três Corações FM, e passou a ser conhecido no município por Saulo Cafezinho, em alusão ao seu programa Café com Saulo, e tem utilizado do seu espaço na mídia para se auto promover e diante da polêmica questionar sobre a aquisição do dito terreno.

O que a sociedade mucuriense não tem conhecimento, é que quando o terreno era o mesmo, o valor orçado era mais do que o dobro do que foi pago, más, o prefeito da ocasião era Paulo Alexandre Matos Griffo (PDT), o popular, Paulinho de Tixa, o vereador Saulo nunca fez nenhum questionamento, mesmo sabendo que o prefeito Paulinho de Tixa iria "pagar" por um lote que fica, inclusive, bem atrás do que foi "comprado", a bagatela de R$ 4.738.000,80 (quatro milhões e setecentos e trinta e oito mil e oitenta centavos), e tal negócio só não foi concretizado, porque a Justiça bloqueio o dinheiro nas contas da prefeitura de Mucuri.



Com exclusividade, o portal Zero Hora News, teve acesso a documentação do processo administrativo, realizado na administração de Paulinho de Tixa, que pretendia desapropriar apenas 88 lotes, nas quadras 191, 192, 207, 208, do setor C, do mesmo loteamento, porém, tais terrenos, ficavam em uma aréa bem mais ao fundo do loteamento, onde os pontos de alagamentos são bem mais constantes e maiores.



Após a derrota nas urnas em 2016 do seu candidato, o então prefeito Paulinho de Tixa, as pressas em 03 de novembro de 2016, iniciou o processo administrativo para aquisição, diga-se, milionária dos terrenos no Cidade Nova com recursos oriundos dos precatórios da União (antigo FUNDEF, hoje FUNDEB) referente ao processo nº 2006. 33.00.000351-7.


Para tanto, Paulinho de Tixa, contratou a imobiliária Pádua de Teixeira de Freitas/BA, para elaborar um parecer técnico de avaliação imobiliária. O parecer foi assinado na ocasião pelo corretor de imóveis, Jair Camargo dos Santos. O imóvel segundo a imobiliária Pádua estaria avaliado em R$ 4.738.000,80 (quatro milhões e setecentos e trinta e oito mil e oitenta centavos).


Na sequência, no apagar das luzes, antes de passar o mandato ao novo alcaide, o então prefeito Paulinho de Tixa, em 29 de dezembro de 2016, publicou o decreto de desapropriação da dita área no diário oficial do munícipio, dando assim, amparo legal a aquisição milionária dos terrenos, que somente não foi concretizada, em razão do bloqueio judicial dos recursos da prefeitura de Mucuri por parte da Justiça.


Em momento algum, o então vereador Saulo, fez algum questionamento da aquisição milionária dos lotes por parte do prefeito Paulinho de Tixa, diga-se, muito suspeita, primeiro pelo valor empregado, segundo por ser no final do mandato do alcaide, que repita-se, só não foi concluída, graças à intervenção judicial.

O Zero Hora News não esta aqui para defender “A” ou “B”, nem fazer demagogia para defender “C” ou “D”, só para exercer o seu papel de imprensa livre. Mesmo que desagrade alguns, não importa!

É necessário que o cidadão e principalmente a juventude, que está votando pela primeira vez, veja como na política nem tudo é o que parece ser. Dois pesos e duas medidas são sempre usados dependendo dos atores em questão.

Trata-se então de pura hipocrisia. A contradição é clara. O vereador Saulo, o do cafezinho, só quer investigar uma questão quando lhe interessa do ponto de vista eleitoral.

Num país onde integrantes do Legislativo agem com dois pesos e duas medidas, de forma tendenciosa de acordo interesses próprios, podemos dizer que vivemos numa real democracia? Refletir, buscar a verdade por traz dos fatos, e lutar por mudanças são apenas alguns dos passos a serem trilhados num caminho ainda bastante longo a percorrer.


Cada dia fica-me mais claro que a melhor definição, mesmo que seja por um exemplo, sobre o que é hipocrisia política, é aquela que nos foi deixada por Renato Russo. O líder da banda Legião Urbana assim cantava (e hoje nós ainda repetimos, como se fosse uma mantra sagrado): Ninguém respeita a Constituição, mas todos acreditam no futuro da Nação. Logo após, vem a derradeira pergunta: Que país é esse?/Zero Hora News

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