Aparecer

Aparecer

“Quem tem telhado de vidro não atira pedra no do vizinho”

“Quem tem telhado de vidro não atira pedra no do vizinho”

Siga-nos no instagram

sábado, 15 de maio de 2021

Falso ganhador de loteria que levou R$ 73 milhões da Caixa é condenado no Tocantins

Márcio Xavier de Lima é suspeito de participar do golpe milionário contra a Caixa Econômica Federal — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

A Justiça Federal condenou Márcio Xavier de Lima e outras cinco pessoas por um golpe milionário contra uma agência da Caixa Econômica Federal de Tocantinópolis, no norte do estado, em dezembro de 2013. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Márcio Xavier se passou por ganhador da Lotofácil e conseguiu levar pouco mais de R$ 73 milhões do banco. 

Para a Justiça, ele teve ajuda do então gerente da agência, Robson Pereira do Nascimento, para completar a fraude e de outras quatro pessoas para fazer a lavagem e ocultação do dinheiro. Os nomes dos outros condenados são Alberto Nunes Tugeiro Filho, Antônio Rodrigues Filho, Ernesto Vieira de Carvalho Neto e Talles Henrique de Freitas Cardoso. As penas de cada um variam de cinco a 13 anos de prisão e multas. 

A defesa de Robson Pereira do Nascimento disse que já preparou o recurso contra a decisão. O G1 não conseguiu falar com os advogados dos demais condenados. 

Um sétimo acusado da fraude, Paulo André Pinto Tugeiro acabou sendo inocentado. A Justiça entendeu que não havia provas do envolvimento dele. O MPF disse que vai recorrer para pedir penas maiores aos outros envolvidos e a revisão da decisão de absolver Paulo André Pinto. 

O crime 

O golpe foi revelado durante a Operação Éskhara, da Polícia Federal. A fraude teria levado três meses para ser arquitetada. O grupo apresentou uma Declaração de Acréscimo Patrimonial (DAPLoto) falsa ao banco. O documento é emitido pela Caixa quando será feito o pagamento de bilhete de loteria premiado. 

Segundo o MPF, Márcio Xavier foi até a agência e foi atendido pessoalmente por Robson, mesmo com ele estando de férias. O gerente usou as próprias senhas para acessar os sistemas do banco e recebeu o envelope com a DAPLoto falsa. O concurso referente ao prêmio foi realizado em 5 de dezembro de 2013. 

O gerente teria aberto uma conta com um nome falso para Márcio Xavier e realizado a transferência. Em seguida, foram feitas 15 novas operações para outras nove contas para tentar despistar a origem do dinheiro. Com a fraude, os criminosos teriam feito dezenas de transferências financeiras menores, comprado sete veículos zero km e até um avião para tentar ocultar o dinheiro. 

VÍDEO: Homem condenado no TO desviou R$ 73 mi da Caixa; entenda o golpe da falsa loteria

Na época, a fraude foi considerada a maior da história da Caixa Econômica. O valor levado era o dobro de todo o orçamento do município onde o crime ocorreu naquele ano e a situação deixou os moradores indignados. 

O que dizem os citados 

A defesa de Robson Pereira do Nascimento disse que já preparou o recurso, uma vez que o cliente fez colaboração premiada no processo e que não ficou satisfeita com o resultado do julgamento. 

Os advogados que representam Antônio Rodrigues Filho, Paulo André Pinto Tugeiro e Alberto Nunes Tugeiro Filho não atenderam as ligações.

Crime foi cometido contra a Caixa Econômica Federal, na agência de Tocantinópolis — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Crime foi cometido contra a Caixa Econômica Federal, na agência de Tocantinópolis — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

 O G1 não consegui localizar a defesa de Márcio Xavier de Lima, Talles Henrique de Freitas Cardoso e Ernesto Vieira de Carvalho Neto./G1 Tocantins

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Rua principal de Jucuruçu - Bahia, 3 de março de 2024.

Jucuruçu - Bahia. Pedaço bom do Brasil.