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sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Cadê o dinheiro que estava aqui? - Arrecadação de Mucuri ultrapassa 280 milhões apenas 22 meses





Apesar do alto valor arrecadado, o município de Mucuri vive momentos de extremo abandono, onde a ineficácia do governo municipal, empossado em 2017, contribuiu, sistematicamente, para o atraso e a displicência no lidar com a coisa pública. R$ 280 milhões que até agora não se concretizou em obras que pudessem beneficiar o contribuinte. Essa é a visão do mucuriense.

As reclamações não são poucas. Um morador, que pediu para não ser identificado na matéria, disse que o atual prefeito foi um engodo, pois traiu a população. “Durante a campanha ele prometeu transformar a cidade num polo de desenvolvimento, mas, ao tomar posse, colocou na prefeitura os ‘companheiros’ que passaram a nadar nas benesses do poder, com altos salários – entre concursados, nomeados e contratados, a prefeitura tem cerca de 4000 funcionários –, enquanto isso, falta, ao povo, o básico nas secretarias de Obras, Saúde, Educação e tantos outros. Alguém tem que tomar uma providência. Mucuri não aguenta mais dois anos assim”, desabafou um contribuinte.


Carlos Simões. Foto: Divulgação/google.

Mucuri tem umas das indústrias mais avançadas do país, com tecnologia de ponta que vai desde a produção de mudas de eucalipto até a fabricação de celulose e papel de altíssima qualidade. Entretanto, com os impostos pagos por ela é possível fazer uma administração transformadora, mas não é o que se percebe no município.

Apesar dos dois anos de governo, Mucuri não recebeu nenhuma obra com os recursos municipais. Revoltada, a população diz não aguentar mais os mandos e desmandos do casal que está à frente do governo, já que Cleudi Marques, mulher do prefeito Carlos Simões parece mandar mais que o titular. Batizada de “Primeira Dona”, Cleudi não colabora com o desenvolvimento. Ela é a “senhora faz tudo”! Como super secretária, ela responde por várias secretarias – Administração e Assistência Social. Enquanto isso, o povo pergunta: aonde está o dinheiro da prefeitura?

Rumores dão conta de que a já “super secretária” também assumirá a pasta do Turismo, com o aproximar das festividades de fim de ano e Carnaval, e isto seria um prato cheio para as vaidades da PRIMEIRA-DONA.  (Como ela é conhecida na cidade)


Na verdade, ELA, Cleudi Simões é quem comanda o município, sendo o prefeito apenas um “fantoche” que não serve para nada. Proporcionalmente, Mucuri tem o dobro de servidores que Teixeira de Freitas, e quase uma vez e meia ao de Nova Viçosa, cuja arrecadação tem reduzido em razão da queda da atividade econômica com o fechamento de fábricas e outras tantas unidades comerciais.


Mucuri, entretanto, tem sido uma ilha no meio da crise regional. Que está em pleno desenvolvimento econômico, receberá uma nova unidade fabril, já que está sendo construída na Suzano uma fábrica de papel higiênico, fator importante que dará ao município mais uma fonte de arrecadação.


Entretanto, a má administração municipal chegou aos limites do insuportável. A população carece de atendimento básico – saúde, distribuição de cestas básicas aos mais pobres, prédios escolares depredados e com estruturas comprometidas (alguns, já estão interditados pela Defesa Civil), transporte escolar contam com veículos em péssimos estado de conservação.

Os escândalos foram instalados desde o início do governo. O Ministério Público Federal ingressou com uma ação civil de improbidade administrativa contra Carlos Simões pela acusação de superfaturamento na desapropriação de área para construção de uma escola municipal. A acusação revela um esquema de corrupção, onde ele teria ajudado a desviar dinheiro público federal e causado danos ao erário. As 12 salas e 1 quadra de esportes no distrito de Itabatã custaria R$ 1.315.000,00, entretanto, foi pago R$ 2.305.635,10 sob alegação de indenização pela expropriação.

O vereador Saullo Souza Santos (PSL) considerou uma aberração a atitude do Executivo local. Ele contou que havia uma expectativa de mudança muito grande em torno do mandato de Carlos Simões, entretanto, esse sentimento mudou e se transformou num sentimento de revolta, tristeza e um verdadeiro esquema de corrupção. 

“Muito triste ver Mucuri e o futuro da Educação, de tantos jovens, passando por um esquema escandaloso de corrupção. Continuarei à disposição do MPF em ajudar a esclarecer os fatos. Como fiscal do povo continuarei firme na luta em buscar de passar a limpo cada centavo dos mais de R$ 255 milhões brutos arrecadados pela Prefeitura nesta Gestão desastrosa”, afirmou Saullo em seu perfil no Facebook.

Resultado de imagem para Carlos Simões.  Mucuri

Enquanto isso, a cidade de Mucuri está apontada para um rumo incerto, com uma população revoltada pelas ações de sua administração pública./bahiaextremosul

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