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segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Polícia - Em Salvador, caminhada pede fim da violência contra mulheres



[Em Salvador, caminhada pede fim da violência contra mulheres ]


Uma caminhada reuniu na manhã deste domingo (8) mulheres, homens e crianças em um objetivo comum: pedir o fim da violência contra a mulher.

Vestidos de laranja, cor que representa mundialmente a luta, os participantes saíram do Jardim de Alah até o Jardim dos Namorados, na Pituba, conclamando a população a se mobilizar no combate a este tipo de violência.

O ato faz parte de uma mobilização mundial, apoiada pela Organização das Nações Unidas (ONU), chamada “21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”.

Presente na caminhada, a deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) lembrou que a mobilização acontece em um contexto de quatro feminicídios - em Camaçari, Cachoeira, Lapão e Dias D’Ávila - ocorridos em cinco dias, na última semana de novembro, na Bahia. Para ela, a luta deve ser encarada como prioritária em uma perspectiva de planeta sustentável.

“Não é possível que o planeta, em uma perspectiva sustentável, não leve em conta a preservação da vida das mulheres. Mata-se mulher como se fossem baratas”, protestou a parlamentar, em entrevista ao BNews.

A comunista ainda pediu uma atenção especial à situação das mulheres negras, que representam 64% das vítimas de feminicídios, segundo dados do Atlas da Violência deste ano.

A vereadora de Salvador, Ireuda Silva (Republicanos) cobrou mais celeridade da Justiça no julgamento de processos contra feminicidas e também de acompanhamento das medidas protetivas contra homens agressores.

“Além do machismo, temos a falha da justiça que contribui para esses feminicídios. Como você tem um réu confesso e permite que ele esteja livre? Como justifica ter pilhas e pilhas de processos sem julgamento?”, questionou.

Ela ainda pediu que a Câmara de Salvador aprove um projeto que cria cota de 5% para mulheres em empresas públicas da capital baiana.

A secretária estadual de Políticas para Mulheres, Julieta Palmeira, frisou a importância de que a rede envolvida no atendimento a mulheres em situação de violência esteja bem articulada para dar assistência rápida a elas.

“É preciso fazer a qualificação das pessoas que fazem parte da assistência a essas mulheres em situação de violência. Ela precisa ser bem acolhida nas delegacias, Creas e Crás, no exame corpo de delito”, destacou.

Secretária municipal de Política para Mulheres, Infância e Juventude, Rogéria Santos diz que um desafio a ser vencido é dar autonomia financeira às mulheres. Ela lembra que muitas delas acabam dependendo economicamente de seus companheiros, o que aumenta sua vulnerabilidade.

“Isso é uma forma de opressão, de coibir até nela a coragem da denúncia”, explicou.

“Já qualificamos 120 mulheres na construção civil. Elas serão certificadas. 80% delas devem ser aproveitadas em empresas”, afirmou./BNews

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