Aparecer

Aparecer

“Quem tem telhado de vidro não atira pedra no do vizinho”

“Quem tem telhado de vidro não atira pedra no do vizinho”

SÍTIO RIVERSIDE RANCH, UM SONHO REALIZADO COM MUITO SACRIFÍCIO E LUTA, A HISTÓRIA DE OZILENE HERLAN

Siga-nos no instagram

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Ivermectina funciona na prevenção à Covid-19? Entenda o que diz a ciência



comprimidos rosa e vinho


Na busca por uma solução para a Covid-19, doença que parou o mundo e já matou mais de 500 mil pessoas, uma das áreas da ciência que mais produz conhecimento ultimamente é a que está voltada para a descoberta de um medicamento capaz de parar a infecção, diminuindo a velocidade de replicação do coronavírus dentro do corpo humano, ou ajustando a resposta imunológica do organismo para lidar com a ameaça. Enquanto alguns remédios estão sendo testados, um deles se tornou comum entre brasileiros que procuram prevenir a doença: a ivermectina.

O medicamento, que tem uso descrito em bula para tratamento de piolhos, ficou popular. Porém, de acordo com o infectologista Leonardo Weissmann, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), tudo começou com fake news. “Devido a informações erradas, disseminadas por pessoas sem compromisso com evidências científicas, vivemos a pandemia de COVID-19 e a pandemia da desinformação” diz.

Os únicos testes científicos feitos até o momento com o remédio demonstraram que o medicamento funciona apenas in vitro. “A ivermectina mostrou ação nos tubos de ensaio, em laboratório. O mesmo já aconteceu antes, com outros vírus, como zika, chikungunya, influenza (gripe), HIV. Porém, o medicamento teve nenhuma eficácia comprovada em humanos”, explica o infectologista.

Pesquisas
De acordo com a plataforma Clinical Trials, que mostra estudos clínicos feitos ao redor do mundo, há 32 pesquisas sendo feitas com ivermectina — duas delas no Brasil, inclusive. A maioria dos levantamentos está ainda em fase de recrutamento de voluntários, e muitos esperam resultados apenas para dezembro de 2020 ou 2021. Apenas dois estudos foram concluídos, um na Universidade de Bagdá, no Iraque, e outro no hospital universitário Xi’an Jiaotong, na China, com pacientes de Bangladesh. Nenhum dos dois teve resultados publicados até o momento.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se posicionou sobre o assunto na última quinta (9/7), afirmando que não há recomendação para a utilização da ivermectina em pacientes infectados ou mesmo como forma de proteção.

“Não existem, ainda, resultados conclusivos sobre a eficácia da ivermectina no combate à Covid-19. Também não existem dados que indiquem qual seria a dose, posologia ou duração de uso adequada para impedir a contaminação ou reduzir a chance de gravidade da doença. Os resultados encontrados in vitro não podem ser tomados como verdadeiros in vivo (em humanos)”, diz a nota.

O órgão alerta ainda para os problemas de se usar medicamentos sem orientação médica, e lista os eventos adversos relacionados ao uso de ivermectina. Os pacientes podem apresentar diarreia e náusea, astenia, dor abdominal, anorexia, constipação e vômitos; em relação ao sistema nervoso central, podem ocorrer tontura, sonolência, vertigem e tremor. As reações epidérmicas incluem prurido, erupções e urticária. “Ressaltamos que a automedicação pode representar um grave risco à sua saúde”, esclarece o documento.

Arte ilustrativa que tira dúvidas sobre o novo coronavírus (Covid 19)

O infectologista Weissmann lembra que, para evitar a infecção pelo vírus, as únicas recomendações que têm eficácia comprovada são o distanciamento social de pelo menos dois metros de outras pessoas, uso de máscaras de proteção, higienização frequente das mãos e a cobrir o nariz e boca ao tossir e espirrar./metropoles

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Rua principal de Jucuruçu - Bahia, 3 de março de 2024.

Jucuruçu - Bahia. Pedaço bom do Brasil.