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domingo, 9 de abril de 2023

O padre Manoel Freire convida todos em nome da Paróquia São Sebastião de Jucuruçu, para o Domingo da Ressurreição e Santa Missa


É Domingo de Páscoa, celebramos a ressurreição de Jesus! 

Celebração especial da Paróquia São Sebastião de Jucuruçu,  para este Domingo da ressurreição! 

É Domingo de Páscoa, Celebramos a Ressurreição de Jesus!

“Ora, se morremos com Cristo, cremos que viveremos também com ele” (Rm 6,8). Eis uma promessa! Porém, existe uma condição para tomarmos posse da promessa: morrer com Cristo. Experimentar a Ressurreição é primeiro provar a dor, o sofrimento. O Salmo 68 nos recorda a via dolorosa pela qual passam tantas pessoas, especialmente as justas. 

Há um mistério por trás do sofrimento do justo;  e mistérios não existem para serem compreendidos, mas aceitos, acolhidos. Assim também o é o Mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus em que, como participantes do Corpo Místico de Cristo como Igreja que somos, podemos experimentar do sofrimento do Mestre, mas sobretudo participar da Sua Ressurreição. 

Num trecho do livro ‘A Imitação de Cristo’, Jesus diz à nossa alma: “Que diz, Filho? Cessa de queixar-se, considerando Minha paixão e os sofrimentos dos santos. Traga à memória as gravíssimas penas por quais passaram, para que facilmente sofra seus pequenos trabalhos. E se não lhe parecerem pequenos, procure levá-los todos com paciência.” (cap. XIX, p.248) 

Oferecer nossos sofrimentos pela nossa conversão e santificação dos nossos, unindo nossas dores às de Jesus é a via que Ele nos convida a trilhar para chegarmos à Ressurreição. O sofrimento vivido com Jesus traz um forte poder de compaixão, desapego e purificação, sedimentando em nós o amor pleno. 

E você? Precisa de Ressurreição? Conhece alguém que precisa de Ressurreição? Onde, hoje, eu e você precisamos de Ressurreição? Diagnosticar o que precisa reviver em nós é condição para clamar a Deus o milagre como nos ensina o versículo 33 do Salmo 38: “Humildes, vede isso e alegrai-vos: o vosso coração reviverá se procurardes o Senhor continuamente!” 

Só experimentaremos a Ressurreição se tivermos a coragem de diagnosticar a morte, aceitá-la e até mesmo chorá-la. Assim, vive este processo quem tem um coração humilde, que aceita sua humanidade, fragilidade, reconhece que por si nada pode fazer e conta, busca, clama a Deus. E, uma vez diagnosticada, o passo seguinte é procurar o Senhor não apenas num momento, mas continuamente. 

São muitas as situações que nos mortificam, que matam a nossa fé, mas a verdade, a caridade sincera, a perseverança, a esperança, a coragem, a alegria precisam ressurgir. Muitas vezes precisaremos desta Ressurreição do nosso coração e a grande oportunidade para isso é vivermos o Mistério Pascal que acontece não apenas hoje, na Páscoa, mas diariamente na Santa Missa. Podemos lá levar as nossas situações de “morte” para serem reavivadas pela ação do Espírito em comunhão com o Pai e com Jesus Cristo. Assim, como o salmista poderemos cantar: 

“Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e jamais te esqueças de todos os seus benefícios. É ele que perdoa as tuas faltas, e sara as tuas enfermidades. É ele que salva tua vida da morte, e te coroa de bondade e de misericórdia” (Sl 102, 2-4).

Nossa fé nos garante a Ressurreição. Vamos fazer esta experiência? É Páscoa, é passagem, é inauguração de um tempo novo. Abramo-nos à mística deste tempo forte e bebamos da graça que ele nos garante! 

Reflexão para o Domingo da Ressurreição 

João vai relatar a autêntica ressurreição, a vitória de Jesus sobre as limitações humanas, sobre suas fragilidades, sobre a morte. Jesus jamais voltará a morrer. A morte nunca mais terá poder sobre ele, porque ele, a Vida, a destruiu. 

O Evangelho de São João nos diz que no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de Jesus e o encontrou vazio. João faz questão de ressaltar que era de madrugada e ainda estava escuro. Podemos perceber que o evangelista ao registrar que o fato aconteceu no primeiro dia da semana, quer fazer alusão à nova criação. O que ele vai relatar é uma novidade radical, é a vida nova de um homem, não um fato como a denominada ressurreição de Lázaro, que volta à vida, mas continua submetido à necessidade de cuidar de sua saúde, de se alimentar e que voltará a morrer. 

João vai relatar a autêntica ressurreição, a vitória de Jesus sobre as limitações humanas, sobre suas fragilidades, sobre a morte. Jesus jamais voltará a morrer. A morte nunca mais terá poder sobre ele, porque ele, a Vida, a destruiu. 

Contudo, Maria Madalena, apesar de ter escutado várias vezes Jesus dizer que ressuscitaria, a dor da morte é tal que ela se esquece das palavras do Mestre.

Apesar do corpo de Jesus já ter sido ungido na sexta-feira por José de Arimatéia e por Nicodemos, ela não consegue ficar longe do corpo morto do Senhor. 

A escuridão enfatizada no texto é um símbolo do estado interior de Maria. Ela está com uma vida sem sentido, sem alegria. Seus grande libertador, seu grande amigo está morto. Ela vai ao sepulcro quando ainda está escuro, na natureza e no seu interior. Mas seu coração está iluminado pelo amor, por isso ela vai até ao sepulcro. 

Ela o encontra vazio. Sente-se desapontada e mais desolada, perdida e impotente. 

Maria Madalena busca o cadáver de Jesus. Ela esqueceu totalmente a promessa dele de que iria ressuscitar. 

Ela olha para o sepulcro vazio e vê dois anjos, um na cabeceira e outro nos pés. O evangelista quer nos recordar os dois anjos que foram colocados, um à cabeceira e outro aos pés da arca da aliança. Jesus é a nova aliança. Por isso a aliança de Jesus Cristo é eterna, pois ele ressuscitou. 

Mas Madalena, abalada pela dor não reconhece os sinais e só vê o sepucro vazio. Somente após a segunda pergunta de Jesus, ao ouvi-lo pronunciar seu nome e deixar de olhar para o sepulcro e voltar-se para o lado contrário é que ela vê o ressuscitado. 

Como Maria Madalena, também nós só veremos os sinais da ressurreição, quando levantarmos nossos olhos dos sinais de morte, e dirigirmos nosso coração para a VIDA. Enquanto estivermos afeiçoados àquilo que é egoísmo, ambição, ira, não perceberemos que a Vida está à nossa frente, e sofreremos as consequências da opção pelos atrativos mortais. 

Ao contrário, quando acreditarmos no poder de Deus e formos mais irmãos, adeptos da partilha e do serviço, perceberemos os sinais da Vida a todo momento, pois estaremos desde agora vivendo à luz de Deus. 

Feliz Páscoa, feliz Ressurreição!

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