Três grandes encontros internacionais sobre jornalismo investigativo reúnem 900 jornalistas de 70 países na cidade do Rio de Janeiro. O evento começou no último sábado e termina nesta terça-feira (15/10) na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro. Do extremo sul da Bahia estão participando do evento, os jornalistas Athylla Borborema (editor do Teixeira News) e Rubens Floriano (diretor da Rádio Três Corações FM de Itabatã).
Estão sendo realizados 150 painéis e cursos, com 250 palestrantes para 924 jornalistas inscritos. Nos quatro dias de programação, acontecem simultaneamente o 8º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, a 8ª Conferência Global de Jornalismo Investigativo e a 5ª Conferência Latino Americana de Jornalismo Investigativo.
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Já na abertura dos três congressos internacionais de jornalismo investigativo, os relatores sobre liberdade de expressão da Organização das Nações Unidas (ONU), Frank La Rue, e da Organização dos Estados Americanos (OEA), Catalina Botero, apontaram a violência contra jornalistas, os processos judiciais, a censura prévia e a espionagem praticada por agências oficiais de governos como alguns dos principais obstáculos ao exercício da profissão.
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Para o jornalista Athylla Borborema, editor de jornalismo do Teixeira News e que também está no Rio de Janeiro participando do congresso, a profissão de jornalista é mais perigosa e mais difícil do que muita gente pode imaginar. “As ações penais contra jornalistas por difamação, calúnia e injúria são mecanismos ainda muito utilizados por agentes públicos para impedir a apuração e publicação de denúncias. Conhecer o Estado de Direito é essencial, mas a responsabilidade de fornecer informações precisas e verdadeiras é a melhor forma de se defender. Liberdade de expressão é nossa obrigação", disse Borborema.
Na noite desta segunda-feira (14), no Teatro Municipal (Cinelândia, no centro), a Abraji homenageará o jornalista Marcos Sá Corrêa, pioneiro do jornalismo online no Brasil e autor de reportagens históricas, como a revelação do apoio da CIA ao golpe militar de 1964.
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Além dos debates e painéis, estão havendo cursos práticos, laboratórios e treinamento com os maiores especialistas em jornalismo de dados do mundo. Na tarde desta terça-feira (15), o último evento será um debate da Unesco e Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República sobre violência contra jornalistas, com a presença da ministra Maria do Rosário.
Por Ronildo Brito com informações de Luciana Nunes Leal / RIO - O Estado de S. Paulo
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