Esta data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para chamar a atenção do mundo para as mais de 1 bilhão e 200 milhões de pessoas que vivem hoje em extrema pobreza. Um chamado para que os governos de todos os países criem políticas e programas urgentes para atender às populações menos favorecidas. Olhando para o Brasil, vemos que nosso país é um dos maiores do mundo e a oitava economia mundial.
No entanto, essa riqueza aparente vive em total contraste com um lado sombrio: o Brasil é o país com maior desigualdade do mundo. Dados oficiais mostram que em nosso país mais de 32 milhões de pessoas vivem abaixo da linha de pobreza, o que significa mais que toda a população do Canadá. É sempre bom lembrarmos que 29 % de nossa população vive com menos de um dólar por dia.
No momento de um primeiro balanço, a constatação é dura: apesar do desenvolvimento espetacular das ciências e das tecnologias, homens, mulheres e crianças continuam a morrer de miséria. A sucessão de números continua a mesma: 800 milhões de pessoas passam fome e 36 milhões de indivíduos morrem a cada ano de suas conseqüências; a água insalubre continua matando 5 milhões de pessoas por ano; 80% de mortes por malária se produzem na África e no sul do Sahara, matando 1 milhão de pessoas por ano.
A situação pede por mais investimento e ação. Foi assim que a comunidade internacional reiterou seu compromisso em fazer do cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio uma prioridade internacional por ocasião do encontro mundial realizado em Nova York, em setembro de 2005. O tema do Dia Internacional para a Eliminação da Pobreza pela Assembléia Geral das Nações Unidas para este ano, comemorado no dia 17 último, foi “Acabar com a pobreza juntos” e soa justo, requerendo de nossa parte ainda mais solidariedade.
Por meio de sua iniciativa específica para a “eliminação da pobreza, especialmente da extrema pobreza” lançada há cinco anos, a Unesco implementou 31 projetos em mais de 40 países, referentes especialmente ao analfabetismo de adolescentes, às crianças de rua e os migrantes sujeitos à pauperização. As melhores práticas foram identificadas, permitindo assim apoiar os governos em suas políticas de luta contra a pobreza.
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