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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Conjuntivite cresce 30% nos meses mais quentes; veja como prevenir

Conjuntivite cresce 30% nos meses mais quentes; veja como prevenir
Assim como a gripe aumenta no inverno, nos meses mais quentes o número de pessoas com conjuntivite viral e bacteriana chega a ser 30% maior do que no restante do ano. De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, os maiores surtos de conjuntivite acontecem no verão. 

Os principais gatilhos para o aumento da doença no verão são a maior proliferação de bactérias, contato com água contaminada e o compartilhamento de equipamentos eletrônicos. A doença é a inflamação da conjuntiva, membrana transparente que reveste a face interna das pálpebras e a íris, porção branca do olho.  Embora os tratamentos sejam diferentes, a conjuntivite bacteriana e a viral tem sintomas semelhantes: olhos vermelhos, lacrimejamento, coceira, sensação de corpo estranho, queimação, fotofobia e visão borrada. 

O especialista alerta para os riscos do automedicamento com colírio, comum entre 40% dos pacientes. “O brasileiro tem este hábito, porque, independente da fórmula, todo colírio melhora o conforto do olho”, comenta. O problema é que de acordo com o Ministério da Saúde a automedicação é a maior causa de internações por intoxicação no Brasil. Em longo prazo, o médico alerta que a medicação pode causar catarata. 

O problema é tão sério que o MS está desenvolvendo uma pesquisa para saber como o brasileiro usa medicamentos. No caso da conjuntivite bacteriana, comum em crianças, o tratamento em estágio inicial pode ser feito com compressas de água morna. Se os sintomas não desaparecerem em dois dias, a recomendação é consultar um oftalmologista que prescreva o colírio antibiótico mais adequado. O tipo viral da doença costuma ser transmitido entre adultos que compartilham computadores no trabalho ou em casa. 

O médico explica que uma pessoa que esteja com a conjuntivite encubada pode esfregar os olhos com as mãos e deixar o vírus no teclado ou mouse. O tratamento é feito com colírio antiinflamatório que pode ser hormonal ou não. O uso deste tipo de colírio sem acompanhamento médico pode causar catarata e glaucoma. 

As principais para prevenir a doença são manter as mãos limpas, evitar coçar os olhos e procurar limpar aparelhos compartilhados com álcool.  

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