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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

MORRE AOS 77 ANOS O ATOR LUIZ CARLOS MIELE



Luiz Carlos Miele, ator, diretor e produtor cultural (Foto: Deco Rodrigues / Editora Globo / Ag. O Globo)O ator, produtor cultural e diretor Luiz Carlos Miele, de 77 anos, morreu hoje (14/10) no Rio de Janeiro. Ele estava em sua casa, na Gávea, zona sul. O corpo foi encontrado pelos bombeiros, acionados esta manhã para atender a uma ocorrência de mal súbito, no local. A família ainda não definiu onde ocorrerão o velório e o enterro.

Natural de São Paulo, Luiz Carlos Miele foi locutor das rádios Nacional do Rio de Janeiro, Excelsior e Tupi, na década de 1950, antes de seguir carreira na televisão. Produziu uma série de programas e dirigiu artistas famosos por décadas.

No início da carreira, trabalhou ao lado do amigo Ronaldo Bôscoli, com quem organizou o show de bossa nova no Beco das Garrafas, que revelou o ritmo musical. Juntos também produziram o programa O Fino da Bossa, apresentado por Elis Regina e Jair Rodrigues, na TV Record, na década de 1960. Miele também dirigiu shows de artistas como Roberto Carlos, Wilson Simonal e Sergio Mendes.


Televisão

Nas décadas seguintes, trabalhou em diversas emissoras de TV. Apresentou e fez a seleção musical de programas como o Fantástico, da TV Globo. Na antiga TVE, por exemplo, fazia entrevistas e recebia convidados em A Vida é um Show, em 2002.

Miele também atuou em programas de humor e foi ator de cinema e televisão. Entre os últimos trabalhos estão a novela Geração Brasil e a série A Teia, ambas na TV Globo, em 2014.

Atualmente, fazia apresentações de humor, em que revelava curiosidades de personalidades e grandes artistas com quem conviveu durante a carreira.


Show business

Luiz Carlos Miele teve uma importância fundamental para o show business brasileiro, juntamente com o seu parceiro, o também produtor, compositor e jornalista Ronaldo Bôscoli (1928-1984). A afirmação é do musicólogo e historiador da música popular brasileira Ricardo Cravo Albin, para quem a dupla “produziu a essência dos primeiros pocket shows, e depois a dos grandes shows, que começaram a partir do Canecão [nos anos 60]”.

A lista de artistas que tiveram Miele como produtor e diretor de seus shows é imensa e vai muito além dos nomes mais conhecidos, como Elis Regina, Roberto Carlos, Wilson Simonal  e Sergio Mendes. Inclui também a cantora norte-americana Sarah Vaughan, uma das grandes divas do jazz, o bailarino e coreógrafo Lennie Dale e vários outros artistas em shows que marcaram época, como Gemini V, em 1965, com os cantores Leny Andrade e Pery Ribeiro e o conjunto Bossa 3.

Para Cravo Albin, a versatilidade era a marca de Miele. “Além de produtor, ele foi também cantor, ator, e até dançarino. Um entertainer, uma pessoa que apresentava programas de televisão com grande brilho. O Miéle não foi apenas um, mas vários”, disse.

Amigo do produtor, Ricardo Cravo Albin recorda uma conversa que manteve com Miele por ocasião do lançamento do livro deste, Poeira de Estrelas: Histórias de Boemia, Humor e Música, em 2004.  “Eu disse a ele: Miele , agora você já pode se candidatar à Academia Carioca de Letras [da qual Albin é presidente]. E ele respondeu: olha, Ricardo, eu não preciso me candidatar á academia, porque eu já sou imortal”

O velório de Luiz Carlos Miéle está confirmado para amanhã (15), a partir das 7h, na Câmara de Vereadores do Rio. O enterro será às 16h, no Cemitério do Caju, na zona portuária.

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