Muitas vezes
desrespeitado e desvalorizado, o trabalhado rural no Brasil é tido por muitos como
algo…sub, até marginal. Mesmo com o amparo da Lei nº 5.889/73, regulamentada
pelo Decreto nº 73.626/74 e presente no artigo 7º da Constituição Federal/88, o
trabalhador rural enfrenta ínumeras dificuldades para manter-se no campo,
dignamente.
Parte desta situação é
histórica. Para pesquisadores, o processo de colonização por qual passamos
influenciou, em parte, a relação entre o homem da cidade e o homem do campo. A
busca pela riqueza em nosso país, naquela época, fez crescer a exploração da
mão de obra (indígena num primeiro momento e escravo de origem africana num
segundo período).
O outro lado
Por outro lado, um
outro ambiente do trabalho rural se desenvolveu no país, o do Agronegócio. Este
novo cenário, localizado, principalmente, na região Sul, surgiu junto com
o bom desempenho econômico aliado ao desenvolvimento tecnológico, que ampliou a
capacidade de produção e exportação no campo. A soja, principal causa desse
“boom no campo”, ajudou sem dúvida, muitos trabalhadores rurais a terem sucesso
e fartura.
Segundo uma empresa
que vende tratores, o investimento nas duas unidades no Brasil somam US$ 18
milhões. Além do aumento da capacidade produtiva. Todos esses fatores aliados
colocam o Brasil no ranking dos países que mais produzem bens de consumo no
setor primário.
Apesar do abismo
econômico e social existente entre esses dois “mundos”, a essência do
trabalhador rural e a forma com que ele busca lutar para viver dignamente é a
mesma, seja no Sul ou nos cantos esquecidos do Norte do país. E faz dele um
importante personagem fiel as suas raízes e tradições do que é o homem do campo
no Brasil. Seu valor humano e histórico é, sem dúvida, essencial para
firmarmos uma de nossas inúmeras identidades e valores.
Parabéns, Homem do
Campo.
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