Santos joga mal, mas garante classificação contra o Joinville

A chuva que caiu sob a Vila Belmiro na fria noite desta quarta-feira congelou de vez o futebol do Santos. Em uma apresentação de baixissímo nível, o Peixe encontrou muitas dificuldades para empatar e eliminar o Joinville-SC, pela segunda fase da Copa do Brasil.

A confirmação da vaga para encarar o Crac, de Goiânia, na próxima eliminatória da competição, veio por meio de um 0 a 0 sem emoção. No primeiro confronto, em Santa Catarina, o Peixe vencera por 1 a 0, com gol de Durval.

Apesar da classificação, os 4.758 pagantes que compareceram ao estádio alvinegro não gostaram de absolutamente nada do que viram. Apático, o setor ofensivo do Peixe, composto por Cícero, Felipe Anderson, Neymar e Henrique, esteve muito mal no primeiro tempo e não levou perigo algum à meta do goleiro Ivan.

O lance mais relevante dos 45 minutos iniciais saiu de um rápido contra-ataque armado pelo time visitante. Depois do arqueiro catarinense cobrar tiro de meta em direção ao ataque, o meio-campo Liquera se antecipou à defesa do Peixe e arrematou com força, no ângulo.

Aquilo que já não estava bom só não ficou piorou, porque Rafael, atento, conseguiu desviar a bola para escanteio. Na saída de campo para o intervalo, o goleiro santista não escondeu a insatisfação com o desempenho do time e desabafou: “O que está faltando é um pouco mais de vontade para fazer o gol”, disse na boca do vestiário.

E nada mudou...

No retorno para o segundo tempo, os comandados do técnico Muricy Ramalho voltaram mais ligados. Contudo, a falta de criatividade continuou sendo a principal característica alvinegra. Os lances mais perigos do Peixe, como sempre, nasciam por meio dos pés de Neymar. Mas este, pouco inspirado, não conseguia deixar um companheiro em condições de marcar ou resolver a partida sozinho.

Crente de que o problema estava na falta de entrosamento, Muricy sacou o centroavante  Henrique, contratado após a decisão do Campeonato Paulista, e colocou Miralles em seu lugar. Felipe Anderson, mais tarde, também deixou a partida para a entrada de Patito Rodrigues.

Entretanto, as mudanças não surtiram efeito algum. A dupla de argentinos pouco tocou na bola e nada pôde fazer para levar o Santos à vitória. Miralles, já no final do jogo, ainda perdeu um gol cara a cara com Ivan.

Como o empate lhe favorecia, a partir dos 30 minutos o Santos começou a jogar de maneira mais cautelosa. Já o Joinville, sem ter o que perder, passou a se arriscar mais. E aos 42 minutos quase abriu o placar. Após cobrança de escanteio, o zagueiro Sandro, sozinho, cabeçou uma bola rente à trave.

Ciente de que nada positivo seria ocorreria dentro de campo, os torcedores do Peixe passaram torcer pelo final do duelo. E assim que o árbitro deu a partida por encerrada, vaias contra o desempenho da equipe surgiram na Vila Belmiro.