O senador Wilder Morais (DEM-GO), que assumiu o cargo após Demóstenes Torres ser cassado pelo envolvimento no escândalo que envolveu o bicheiro Carlinhos Cachoeira, gasta R$ 3 mil de sua verba de gabinete para pagar o aluguel de uma associação que não possui imóvel.
Nos três primeiros meses de mandato, Morais pagou R$ 3 mil de aluguel para a entidade assistencial Lar de Jesus, e o presidente da organização, Weimar Muniz, admite que a operação foi fictícia. "O dinheiro nem entrou no caixa do Lar de Jesus.
Para acertar as contas do senador, emiti os recibos. Tivemos que jogar para inglês ver", contou, ao esclarecer que o dinheiro foi destinado a Cleobaldo Martins. A casa é utilizada como escritório político em Goiânia e o contrato de comodato, com duração de um ano, foi assinado com a construtora Unotech, que tem entre seus proprietários Waldo Caetano, sócio do senador em outros empreendimentos.
No quarto mês de contrato, o valor foi transferido para a Associação Tio Cleobaldo. O responsável pela entidade, Cleobaldo Martins, admite que não possui imóvel e afirma que a associação tem cerca de R$ 6 mil em despesas mensais com refeições para moradores de rua.
Em nota, a assessoria de imprensa de Wilder Morais disse que o senador paga o aluguel a pedido de Waldo. "O senador estabeleceu um contrato de locação, cujo pagamento, conforme solicitado pelo Sr. Waldo Caetano, foi destinado às instituições de caridade escolhidas por ele", diz o documento.
por Fernando Gallo | Agência Estado
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