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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Funcionária que autorizou voo da Chapecoense pede ajuda em Corumbá

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A funcionária da Administração de Aeroporto e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea da Bolívia (Aasana) Celia Castedo Monasterio recorreu ao Brasil para possivelmente pedir permanência no país. Ela atuava no aeroporto de Santa Cruz de la Sierra, cidade que fica a mais de 650 quilômetros de Corumbá.
Foi ela quem revisou e autorizou o plano de voo CP2933, do avião da LaMia, que transportava comissão técnica e jogadores da Chapecoense, além de jornalistas brasileiros. A aeronave caiu na Colômbia, matando 71 pessoas. A hipótese mais contundente para o acidente seria falta de combustível.
O Ministério Público Boliviano recebeu da Aasana notícia-crime por "não cumprimento de deveres" e "atentado contra a segurança dos transportes" contra Monasterio. A investigação começou no final da semana passada.
Hoje, ela chegou a Corumbá e foi para a Procuradoria da República na cidade para pedir auxílio possivelmente para refúgio. O detalhamento da ajuda solicitada não foi informado pelo Ministério Público Federal.
"A boliviana C.C.M foi atendida na Procuradoria da República no município de Corumbá/MS. A Secretaria de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República, em coordenação com as procuradoras Gabriela Tavares e Maria Olívia, vai solicitar aos órgãos federais competentes as medidas cabíveis, conforme as normas internacionais e o direito brasileiro", informou nota oficial do órgão.
Nesta quarta-feira (7), dois procuradores brasileiros encontram-se com membros dos Ministérios Públicos boliviano e colombiano para discutirem trabalho conjunto de investigação.
DENÚNCIA
A pena que a funcionária da Aasana pode receber pelas denúncias apuradas chega a quatro anos de prisão, conforme divulgou o jornal El Deber, da Bolívia.
Enquanto é investigada, Monasterio está suspensa do trabalho. Ela tem mais de 20 anos de experiência e as autoridades bolivianas querem apurar porque com tanto tempo de conhecimento na área, acabou autorizando o voo. O plano demonstrava risco porque deveria haver mais uma parada para reabastecimento.
Autoridades bolivianas também investigam tráfico de influência e indícios de irregularidades na fiscalização da empresa LaMia e ao voo da Chapecoense. 
Um ex-diretor da Direção Geral da Aeronáutica Civil, Gustavo Steven Vargas, seria filho do diretor-geral da LaMia e ex-piloto do grupo aéreo da presidência, Gustavo Vargas Gamboa.  
Gustavo Steven Vargas era responsável por conceder licenças de voo e poderia ter favorecido o pai, mesmo com a LaMia não atendendo a todos os requisitos. A informação foi repassada pelo ministro de Obras Públicas, Milton Claros, e reproduzida pelo jornal El Deber.

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