Com a queda do subsídio, o
preço do gás de cozinha vai subir em todo o país. A avaliação de técnicos da
Petrobras é de que é necessário recuperar ao menos uma parte do preço, em razão
da defasagem acumulada nos últimos anos, não apenas com a inflação, mas do
próprio valor praticado pelo mercado.
A notícia foi publicada pelo
jornal O Estado de São Paulo, que fez o um levantamento do histórico dos
reajustes. Eles mostram que, entre 2003 e 2016, o preço final do gás cobrado
pelas revendedoras acumulou reajuste médio de 89%, saltando de R$ 29,35 para R$
55,60 o botijão. Neste mesmo período, o aumento realizado pela estatal foi de
apenas 16,4%. Foram 12 anos sem nenhum reajuste no preço do gás vendido pela
Petrobras.
No fim de 2016, a Petrobras
já tinha reajustado em 12,3% o GLP destinado aos usos industrial, comercial e
granel às distribuidoras, mas não mexeu no preço para o consumidor doméstico.
Na mesma época, a estatal aumentou o preço do diesel nas refinarias em 9,5%, em
média, e da gasolina em 8,1%.
De acordo com dados da
empresa Preço do Gás, que divulga valores do botijão praticados em todo o País,
a variação atual de preços do gás de cozinha chega a mais de 78%, entre R$
44,90 e R$ 80, na entrega ao cliente.
Os dados se baseiam em
informações de mais de 400 revendedores cadastrados. O valor mais barato foi
encontrado no Espírito Santo, enquanto o mais caro é cobrado em Mato Grosso.
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