O juiz federal Sérgio Moro,
responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância,
condenou nesta quinta-feira (30) o deputado cassado e ex-presidente da Câmara
Eduardo Cunha a 15 anos e 4 meses de reclusão. Esta é a primeira condenação dele.
Eduardo Cunha foi condenado
por corrupção passiva pela solicitação e recebimento de vantagem indevida no
contrato de exploração de petróleo em Benin, por três crimes de lavagem de
dinheiro e dois crimes de evasão fraudulenta de divisas.
O G1 tenta contato com a
defesa do deputado cassado.
O ex-presidente da Câmara foi
preso no dia 19 de outubro de 2016, em Brasília. Atualmente, ele está detido no
Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Na denúncia oferecida à
Justiça Federal, o Ministério Público Federal (MPF) acusado Eduardo Cunha de
receber propina em um contrato da Petrobras para a exploração de petróleo no
Benin, na África.
Moro absolveu o deputado
cassado de lavagem de dinheiro em relação uma transferência bancária
internacional porque, de acordo com o juiz, os valores não foram provenientes
de vantagem indevida, e de evasão de divisas em relação à omissão de saldo de
contas mantidas no exterior.
"O condenado recebeu
vantagem indevida no exercício do mandato de Deputado Federal, em 2011. A
responsabilidade de um parlamentar federal é enorme e, por conseguinte, também
a sua culpabilidade quando pratica crimes.
Não pode haver ofensa mais
grave do que a daquele que trai o mandato parlamentar e a sagrada confiança que
o povo nele deposita para obter ganho próprio. Agiu, portanto, com
culpabilidade extremada, o que também deve ser valorado negativamente",
afirmou o juiz federal na sentença.
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