A Petrobras divulgou, nesta
quarta-feira, a nova política de preços para o gás de cozinha. Com a mudança, o
valor do botijão pode aumentar até R$1,25 por unidade. De acordo com o diretor
de Refino e Gás Natural da Petrobras, Jorge Celestino, a composição do preço do
botijão mudará.
"Hoje, é em torno de 25%
de realização Petrobras, 20% de impostos e 55% é a margem de distribuição e
revenda; a nossa previsão é que ele passa a ser 26% para a Petrobras, mantendo
os 20% dos impostos e uma pequena queda na margem de distribuição e revenda
para 54%”, disse.
O preço nas refinarias será
calculado pela média mensal das cotações do butano e do propano no mercado
europeu, convertida em reais pela média diária das cotações da venda do dólar,
acrescida de uma margem fixa de 5%.
A vigência dos preços será
aplicada a partir do dia 5 de cada mês, com início previsto para este mês de
junho, quando o reajuste será aplicado, excepcionalmente, a partir do dia 8.
De acordo com o presidente da
Petrobras, Pedro Parente, a política, aprovada ontem pela diretoria executiva
da estatal, segue a resolução 4/2005 do Conselho Nacional de Política
Energética (CNPE), que determina a comercialização da embalagem destinada a uso
doméstico a preços inferiores às demais apresentações. Parente explica que, com
isso, a empresa completa o ciclo de definição de políticas para os produtos da
companhia, garantindo a previsibilidade de preço.
Sindigás comenta decisão
Em nota, o Sindicato Nacional
das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) fez uma
avaliação positiva do anúncio da Petrobras em “adequar seus preços para o gás
GLP embalado em botijões de até 13 kg e de uso residencial aos praticados no
mercado internacional”.
O sindicato ressalta que a
nova política de preços “ainda deixa o preço praticado aproximadamente 15%
abaixo ao da paridade de importação” e ressalta que “é precipitado afirmar que
esse percentual médio seja aplicado de forma linear”.
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