Aparecer

Aparecer

“Quem tem telhado de vidro não atira pedra no do vizinho”

“Quem tem telhado de vidro não atira pedra no do vizinho”

SÍTIO RIVERSIDE RANCH, UM SONHO REALIZADO COM MUITO SACRIFÍCIO E LUTA, A HISTÓRIA DE OZILENE HERLAN

Siga-nos no instagram

sábado, 19 de agosto de 2017

Palavra da acusação "merece fé", diz Moro ao negar a Lula acesso a provas


Resultado de imagem para lula e moro


“Não cabe trazer aos autos as eventuais comunicações entre o Ministério Público Federal e o Ministério Público da Suíça para satisfazer as especulações da defesa”, despachou nesta sexta-feira (18/8) o juiz Sergio Moro. Foi a justificativa que ele deu para negar à defesa do ex-presidente Lula acesso às comunicações do MPF com autoridades suíças depois que os procuradores da República disseram não ter conseguido acesso ao sistema de registro de pagamento de propinas. “Se o MPF alega que não dispõe da prova pretendida, a afirmação merece fé”, afirmou o magistrado.

O despacho está na ação penal em que Lula é acusado de receber R$ 75 milhões da Odebrecht como fração de contratos superfaturados assinados com a Petrobras.

A defesa do ex-presidente, feita pelos advogados Cristiano Zanin Martins, Valeska Teixeira Martins e Roberto Teixeira, alega que o fato de o MPF dizer não ter conseguido acesso ao sistema tem tudo a ver com as acusações. De acordo com petição enviada a Moro, ou o MPF quer restringir o acesso da defesa a documentos que podem ser transformados em provas posteriormente, ou não quer admitir que as delações premiadas dos executivos da Odebrecht são apenas declarações, sem “elementos probatórios”.

O sistema a que defesa, acusação e juiz se referem é o My Web Day. Segundo o executivo Hilberto Mascarenhas disse em sua delação, esse era o sistema usado para controlar os pagamentos de suborno a agentes públicos, com origem, destino, data e registro de contrapartidas. Para acessar o programa, era preciso de uma senha, que ficava registrada num token semelhante aos usados por bancos com seus correntistas.

Em petição enviada a Moro no dia 28 de julho, os procuradores que tocam o processo disseram que não tiveram acesso a “cópia integral” do sistema My Web Day. Nem Odebrecht e nem autoridades suíças forneceram essas informações — os servidores do sistema ficavam em Angola, mas depois foram migrados para a Suíça. O “sistema de propinas” a que o MPF costuma fazer referência é o Drousys, usado pelos executivos para discutir os pagamentos.

Para os advogados de Lula, a informação foi propositalmente truncada para despistar os advogados. Hilberto Mascarenhas fez referência ao My Web Day em sua delação, e a fala foi apensada à ação penal como prova. No dia 5 de julho, os advogados de Lula pediram acesso ao tal sistema. No dia 12 do mesmo mês, Hilberto disse em audiência que só depois lembrou que não tinha mais o token com as senhas de acesso.

De acordo com a defesa do ex-presidente, o MPF deveria dizer a que parte do My Web Day teve acesso. Como não disse, e nem quis dar mais explicações, a defesa pediu cópia das correspondências entre MPF e MP da Suíça. De posse desses documentos, os advogados acreditam que terão dimensão da quantidade de informações a Suíça de fato franqueou o acesso às autoridades brasileiras.


Mas Moro disse que Lula deve confiar no que dizem os procuradores. Se disseram que não tiveram acesso ao My Web Day, a fala “merece fé”. “De todo modo”, ressalvou o juiz, o MPF deve informá-lo assim que conseguir acessar o sistema, “total ou parcialmente”. Aí ele vai decidir se a defesa deve ou não ter cópias dos documentos./conjur

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Rua principal de Jucuruçu - Bahia, 3 de março de 2024.

Jucuruçu - Bahia. Pedaço bom do Brasil.