Jucuruçu/Guaratinga — A situação do
transporte escolar nas comunidades rurais que fazem divisa entre Guaratinga e
Jucuruçu voltou a gerar revolta e preocupação entre os pais de alunos. Crianças
de 8 a 10 anos têm caminhado longas distâncias diariamente para chegar às
escolas, devido à ausência de veículos escolares fornecidos pelo município de
Jucuruçu, no extremo sul da Bahia.
Segundo relatos
das famílias, o problema persiste há meses. Os pais afirmam que já buscaram
todas as instâncias responsáveis: Secretaria Municipal de Educação, Conselho
Tutelar, Vara da Infância e Juventude, Superintendência Estadual de Educação e
Ministério Público. Mesmo assim, nenhuma medida eficaz foi adotada.
De acordo com
os moradores, o Ministério Público já teria expedido dois ofícios cobrando
explicações da Secretaria de Educação de Jucuruçu. No entanto, a pasta não
respondeu e o procedimento acabou sendo paralisado, sem que o responsável fosse
intimado a se manifestar sobre a grave falha no serviço público.
Enquanto isso,
o ano letivo se aproxima do fim e dezenas de crianças continuam sendo obrigadas
a enfrentar longos percursos a pé, muitas vezes em estradas de terra, sob sol
forte, chuva e condições inseguras. “A gente faz de tudo pelos nossos filhos,
mas parece que ninguém está olhando por eles. Não acreditamos mais na justiça”,
desabafou uma mãe que preferiu não se identificar.
Os pais
denunciam que a ausência do transporte escolar prejudica o rendimento das
crianças, causa faltas constantes e coloca em risco a integridade física dos
estudantes. Eles afirmam que continuarão cobrando providências, mas descrevem o
cenário como “uma irresponsabilidade que ninguém quer assumir”.
A reportagem segue acompanhando o caso e permanece à
disposição para ouvir a Secretaria de Educação de Jucuruçu e os demais órgãos
citados.
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