Uma nova polêmica envolvendo
o senador Flávio Bolsonaro
(PL-RJ) ganhou repercussão nacional após uma
declaração considerada extremamente grave por juristas, políticos e cidadãos.
Em um vídeo amplamente divulgado nas redes sociais, o parlamentar teria
sugerido que os Estados Unidos deveriam bombardear o Brasil — fala interpretada
por muitos como uma incitação à intervenção militar estrangeira no território
nacional.
O fato gerou imediata reação de figuras públicas e entidades civis, culminando em uma denúncia formal à Procuradoria-Geral da República (PGR), que agora avalia os desdobramentos jurídicos da declaração.
Entenda o caso
A fala de Flávio Bolsonaro teria ocorrido durante um discurso informal, no qual o senador criticava duramente o atual cenário político do país. Ao afirmar que seria “melhor que os Estados Unidos bombardeassem o Brasil”, Flávio cruzou uma linha sensível das normas constitucionais, colocando em xeque a soberania nacional.
O que diz a lei?
Especialistas apontam que o pronunciamento pode violar dispositivos da Lei 14.197/2021, que substituiu trechos da antiga Lei de Segurança Nacional. Entre os crimes possíveis, estão:
- Art. 359-I – Incitar a
tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, com pena de
reclusão de 4 a 8 anos;
- Art. 359-L – Solicitar ou
incentivar a intervenção estrangeira contra o Estado nacional, que pode
configurar atentado à soberania, com pena de até 12 anos;
- Abuso de prerrogativas parlamentares, conforme o Código de Ética do Senado, podendo acarretar sanções como advertência, suspensão ou até perda do mandato.
PGR pode investigar e denunciar
Com a representação recebida,
cabe agora à PGR abrir investigação e, se entender que há elementos
suficientes, ap…
Até o momento, o senador não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. A assessoria de imprensa de seu gabinete informou apenas que o conteúdo divulgado "foi tirado de contexto".
Considerações finais
Em tempos de crescente
polarização política, o caso reacende o debate sobre os limites da liberdade de
expressão, especialmente quando exercida por representantes eleitos com
responsabilidades institucionais. Se a investigação avançar, pode se tornar um
dos processos mais emblemáticos envolvendo parlamentares desde a
redemocratização.
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