Por telefone, uma mulher respondeu que cobra R$ 280, mas que tem outra "cara: R$ 310 mil". Durante três meses, foram negociadas compra de túmulos ilegais em três cemitérios públicos administrados pela Santa Casa da Misericórdia do Rio, uma instituição de 1498. A sonegação fiscal é crime e a venda e uso dos espaços administrados têm que ser autorizados pela prefeitura do Rio.
“Todo cemitério tem um projeto, um projeto de engenharia. Tem a questão do espaço, tem a questão da circulação, enfim. É um projeto de engenharia”, afirmou Jorge Arraes, subsecretário de Concessões e Projetos Estratégicos do prefeitura. Os Cemitérios da Cacuia e do Caju não chegaram a construir as sepulturas ilegais oferecidas ao Fantástico, que afirmou não ter dado dinheiro, apesar de os funcionários trabalharem por conta própria.
No Caju, o túmulo ficaria na calçada, em área de circulação, onde já existem sepulturas. "Vai ser coberto por mármore, ainda vai ser colocado por dentro, por fora, entendeu? Vai ficar show de bola”, disse um homem. Em quatro dias, o túmulo está pronto.
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