A Polícia Federal deflagrou
nesta sexta-feira a Operação Piratas do Caribe que tem como principal alvo a
ramificação brasileira de uma organização criminosa de “coiotes” responsável
por levar brasileiros ilegalmente para os Estados Unidos. Os investigadores
também buscam por elementos que indiquem onde se encontram os doze brasileiros
desaparecidos, em novembro de 2016, na região das Bahamas.
Cerca de trinta policiais
federais cumprem sete mandados de busca e apreensão e cinco de prisão
preventiva em Rondônia, Santa Catarina e Minas Gerais. As investigações
começaram a partir do desaparecimento de um brasileiro que teria tentado entrar
ilegalmente nos Estados Unidos, com auxílio de “coiotes”, que são agentes que
ajudam na travessia ilegal de áreas de fronteira. Eles cobravam quantias de até
60 mil reais para intermediar o transporte ilegal via Bahamas.
De acordo com a Veja, antes
de sair do Brasil, os imigrantes ficavam em alguma cidade com aeroporto
internacional de fácil acesso, aguardando a ordem de embarque para as Bahamas,
que ocorria quando um determinado agente de imigração daquele país facilitava a
entrada dos brasileiros. Já nas Bahamas, os imigrantes aguardavam durante
vários dias para embarcar para os Estados Unidos de barco.
Além dos riscos que envolvem
a imigração ilegal para outros países, os “coiotes” escondiam os reais perigos
envolvidos na travessia, como a passagem pela região do Triângulo da Bermudas,
famosa pelo alto índice de tempestades, naufrágios e desaparecimento de
embarcações e aeronaves.
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