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sábado, 2 de julho de 2016

Analfabetismo funcional e alienação através da propagação da não leitura no Brasil



A alienação através dos meios de comunicação em massa é latente nos dias de hoje e um dos braços dessa técnica de dominação é a leitura ou a não propagação dela.  Não preparar um aluno para a leitura e interpretação de um texto, também, é uma forma de dominá-lo pelo simples fato de limitar o acesso desse indivíduo a diversos tipos de conhecimento. No Brasil, temos inúmeros casos de analfabetos funcionais que, como o conceito já diz, leem um simples bilhete com uma instrução ou uma singela receita de cozinha e não conseguem compreender o que está escrito.

A situação é calamitante e se agrava cada vez mais com a maldosa omissão dos poderes moderadores que regozijam frente à idiotização da população, que se torna ignorante dos conhecimentos que estão diante dos próprios olhos. Tornou-se comum ver alunos de universidade, profissionais, representantes de categorias e etc., com dificuldades de compreensão e interpretação em leituras simples. Pode parecer conspiratório, mas, muito parece que há alguém com a intenção de causar isso nas pessoas, como uma forma de cada vez mais impor ideologias, já que elas não possuem um conhecimento prévio de muitos conteúdos, principalmente, os que possam agredir seu intelecto por conta de sua dificuldade em ler de forma interpretativa o que também é uma forma de libertar-se. 

A praxe cotidiana é um pobre trabalhador debruçando-se sobre uma carga horária exaustiva derramando seu suor por um salário mínimo vergonhoso e se fazendo ausente de casa, a maior parte do tempo, para manter uma condição de vida básica aos seus filhos, que cumprem seu papel indo a escola, o que é o costume, entretanto, as falhas aparecem quando esse trabalhador confia apenas à escola o papel do incentivo à leitura como descoberta e aquisição de conhecimentos e, por consequência, esse aluno que se mantém ativo no aprendizado apenas no período escolar, que dura em torno de quatro horas, o restante do dia, ele serve ao ócio e sem cobrança dos pais quanto ao ensino. Além da escola, logo não se dedica o suficiente nos estudos escolares.

Segundo o CENSO/IBGE feito em 2010, 91% da população brasileira estava alfabetizada, a princípio é de se elogiar uma taxa tão elevada, porém, está alfabetizado compreende apenas ler e escrever e, o que é além disso, pode ser contabilizado como excepcional, pois, para os cartazes políticos, a taxa apresentada já é o suficiente e nós sabemos o quão analfabeto o cidadão pode ser, ao limitar-se apenas ao ler e escrever.

Paulo Freire (1976) diz que a leitura deve ser vista como prática da liberdade, sim, liberdade, não no sentido literal, mas, libertar-se de uma imposição ideológica que quer a cada dia impedir o despertar das pessoas do sono da ignorância, lendo apenas o próprio nome ou repetir vogais, mas, despertar-se para interpretar textos e mensagens que as façam enxergar novos horizontes, novas perspectivas e um novo norte que seja além de render-se às vontades dos que as dominam.

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