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quinta-feira, 4 de maio de 2017

Ao vivo: agentes penitenciários invadem comissão da Reforma da Previdência



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Um grupo formado por dezenas de agentes penitenciários invadiu por volta das 22h40 desta quarta (3) a sala da comissão especial da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, em Brasília. A votação foi interrompida. Eles protestam contra a forma como a categoria foi enquadrada no texto proposto pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB). Por volta das 23h30, os manifestantes foram retirados do local.

A sessão foi encerrada pouco antes da meia-noite pelo presidente da comissão especial, deputado Carlos Marun (PMDB-MS). A expectativa é que a sessão seja retomada extraordinariamente na manhã desta quinta-feira.  Deputados da oposição apoiaram a ação. "O que vocês decidirem fazer é da responsabilidade de vocês. Dentro da Câmara vamos trabalhar para inviabilizar essa reforma", disse o deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP) aos manifestantes.

"Vocês não podem ser tratados como iô-iô. É um desrespeito. Vocês têm que se fazer respeitados e foi isso que vocês fizeram", afirmou o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP). Diego Garcia (PHS-PR) considerou o ato um "importante sinal para o governo". Segundo o presidente da Fenaspen (Federação Nacional dos Agentes de Segurança Penitenciária), Fernando Anunciação, a categoria já está em estado de greve. "Só falta notificar os órgãos e marcar dia e hora."

No momento em que houve a invasão, os deputados do colegiado votavam destaques ao texto. A reunião foi interrompida, e a Polícia Legislativa tentou conter o protesto usando spray de pimenta. Segundo os agentes, bombas de gás lacrimogêneo também foram usadas contra eles. Policiais militares também chegaram ao Congresso por volta das 23h15.

Pela transmissão ao vivo da TV Câmara, foi possível ouvir agentes xingando deputados. No momento em que a Polícia Legislativa entrou no local, a TV Câmara suspendeu sua transmissão. Por volta das 20h30 desta sexta, a comissão aprovou o texto do relator Arthur Maia (PPS-BA). Foram 23 votos a favor e 14 contrários. Para ser aprovado, o texto precisava de 19 votos.

Pela manhã, Maia tinha anunciado a inclusão dos policiais legislativos e agentes penitenciários nas regras mais benéficas da aposentadoria. No entanto, à tarde, Maia voltou atrás e retirou os agentes penitenciários do benefício. Na véspera, agentes invadiram o Ministério da Justiça para protestar contra a reforma. Os profissionais do setor querem ser enquadrados em um regime diferenciado devido aos riscos da profissão. 

A categoria também defende a aprovação da PEC 308, que cria a Polícia Penal e, consequentemente, transforma os agentes em policiais. Na terça (2), o presidente do Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo).

Fábio César Ferreira, disse que a categoria enfrenta "uma rotina terrível dentro e fora das unidades prisionais", sendo vítima de agressões e ameaças, e por isso não pode ser enquadrada nas mesmas regras dos demais trabalhadores brasileiros. Segundo o dirigente sindical, a reforma proposta pelo governo Temer é inviável para os trabalhadores do setor.

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