O presidente dos Correios,
Guilherme Campos, se reuniu com sindicatos nesta segunda-feira (1º) para
apresentar uma proposta para encerrar a greve na estatal. Os trabalhadores
entraram em greve por tempo indeterminado na última quinta-feira (27). Segundo comunicado
da estatal, a proposta será avaliada em assembleias de trabalhadores nesta
terça-feira (2) e prevê o retorno à atividade no fim do dia.
Veja o que fazer para evitar
problemas durante a greve dos Correios
Os Correios voltaram atrás em
relação à decisão de suspender as férias dos trabalhadores. A estatal prevê a
revogação da medida por 90 dias e disse que pagará até R$ 3,5 mil para os
empregados que forem tirar férias em maio, junho e julho. O restante dos
valores será parcelado. A estatal também disse que vai descontar as faltas dos
funcionários na última sexta-feira (28), mas exigirá compensação dos
funcionários que faltaram nos últimos dias.
A greve é contra a
privatização, demissões e retiradas de direitos, além do fechamento de mais de
200 agências no país, segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em
Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect). De acordo com a
federação, dos 36 sindicatos filiados à entidade, 33 aderiram. Somente três
estados não participam: Sergipe, Amapá e Roraima.
Os funcionários das agências
franqueadas, que são terceirizados, não participam da greve. A empresa possui
atualmente cerca de 6.500 agências próprias, além de mais de 1 mil franqueadas.
Segundo a estatal, a paralisação concentra-se principalmente, na área
operacional, sendo que 86,31% do efetivo total no Brasil está presente e
trabalhando.
Crise nos Correios
Os Correios enfrentam uma
severa crise e precisam de uma reestruturação para ter viabilidade financeira,
segundo seus dirigentes. Um dos pontos apontados pela diretoria necessários
para reestruturar o orçamento dos Correios é encontrar um novo formato para o
plano de saúde dos funcionários, o Postal Saúde. A empresa alega que esse
custeio é o responsável pela maior parte do déficit registrado nos últimos anos
na estatal. Hoje a estatal arca com 93% dos custos dos planos de saúde e os
funcionários com 7%.
No acordo proposto, os
Correios pedem que os trabalhadores façam uma contraproposta para resolver a
questão do plano de saúde. "Quanto ao plano de saúde, os sindicatos
poderão apresentar uma contraproposta. Caso haja acordo com a empresa, os
Correios retirarão a solicitação de mediação que haviam feito junto ao Tribunal
Superior do Trabalho (TST)", afirmaram os Correios, em comunicado.
Outro ponto da proposta é a
suspensão de novos medidas operacionais pela estatal. "A empresa ainda se
dispôs a suspender novas implantações de medidas operacionais como a
Distribuição Domiciliária Alternada (DDS), CDD centralizador, entrega matutina
e Organização das Atividades Internas (OAI). Tais medidas serão negociadas em
comissão a ser formada com essa finalidade. Os casos locais e os que
apresentarem maior dificuldade, serão prioridade na negociação."/G1
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