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quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Bahia é o terceiro estado com maior taxa de transmissão da Covid-19

 

A Bahia é o terceiro estado brasileiro com a maior taxa de transmissão da Covid-19, segundo estimativa feita pelo Observatório de Síndromes Gripais da Universidade Federal da Paraíba (OBSRUFPB). Com uma taxa de transmissão de 1,28, a Bahia fica atrás apenas de Sergipe (1,38) e do Rio Grande do Norte (1,32). No Brasil, a taxa é de 1,11. Os dados foram atualizados na última terça-feira (1º). 

A estimativa da taxa de transmissão feita pelo OBSRUFPB para o Brasil coincide com os números divulgados na terça pelo Imperial College de Londres. De acordo com a instituição britânica, a taxa de transmissão do novo coronavírus no país é de 1,02, podendo, conforme a margem de erro, ser maior (Rt de até 1,11) ou menor (Rt de 0,94). 

Além de ter a terceira taxa de transmissão do novo coronavírus mais elevada do país, a Bahia atingiu um número que não era alcançado desde o dia 3 de julho, quando o Rt era 1,28. 

Em Salvador, a taxa de transmissão da Covid é de 1,25, de acordo com os dados do observatório. No entanto, a capital baiana registrou esse mesmo índice há menos tempo, no dia 19 de novembro. De lá para cá, a taxa baixou até 1,01 no dia 27 de novembro, mas vem aumentando desde então. 

O número reprodutivo efetivo ou razão de reprodução efetiva (Rt) indica quantas pessoas, em média, um indivíduo infectado pode contaminar em uma população na qual nem todos são suscetíveis. 

Se Rt<1, ou seja, se cada pessoa com o coronavírus causa menos do que uma nova infecção, os níveis de contágio diminuirão e a doença irá, eventualmente, desaparecer. Se Rt=1, os níveis de contágio da doença ficam estáveis e a doença se torna endêmica. Se Rt>1, ou seja, se cada indivíduo infectado contamina mais de uma pessoa, então o vírus está se propagando sem controle. 

O observatório ressalta que, mesmo sendo “muito útil para avaliar o potencial de propagação de doenças infecciosas em diferentes contextos”, trata-se de uma medida teórica. “No momento em que as doenças infecciosas se propagam e indivíduos que já foram infectados tornam-se resistentes, não pertencendo mais ao grupo de suscetíveis, a premissa de uma população totalmente suscetível passa a não ser mais uma boa aproximação da realidade e uma nova medida epidemiológica faz-se necessária”, aponta. 

Autoridades e especialistas expressaram preocupação, nos últimos dias, com o aumento do número de casos de Covid-19 no estado. O prefeito ACM Neto já anunciou que trabalhará pela reabertura de leitos, mas tem pedido à população que evite aglomerações e cumpra os protocolos, com a higienização das mãos e uso de máscaras, entre outras medidas. 

Na quarta-feira, 2, a taxa de ocupação de leitos de UTI adulto para a Covid-19 na capital atingiu 66%, maior número desde 5 de agosto. Pelo sétimo dia seguido, a ocupação ficou acima dos 60%. Já no estado, a taxa de ocupação dos leitos de UTI adulto para a doença é de 72%. 

Como parte das medidas que a prefeitura voltou a adotar nos bairros, foi iniciada nesta quarta a aplicação de testes rápidos em Brotas e na Pituba. No primeiro bairro, foram realizados 137 testes, dos quais 44 foram positivos, o que indica 32% do total, informou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Já no segundo bairro, a taxa foi de 6,6% de infectados – 10 testes positivos dos 150 aplicados. 

A ação tem um prazo inicial de sete dias. Conforme a pasta, entre os dias 24 a 30 de novembro, foram registrados 113 novos casos em Brotas e 167 na Pituba. 

Gripários – Outro dado que reflete a elevação do número de casos é a procura pelos gripários, unidades instaladas pela prefeitura de Salvador para o atendimento de pessoas com sintomas de síndromes gripais. Comparadas as duas quinzenas de novembro, o número de atendimentos aumentou na ordem de 80%, segundo o coordenador de Urgência do Município, Ivan Paiva. Ele diz que, normalmente, este não é um período do ano em que crescem os casos de síndromes gripais, causadas por diversos vírus. 

“É um reflexo do comportamento da população, que acha que a pandemia acabou. As pessoas têm se aglomerado, participado de eventos com muitas pessoas, não utilizam máscaras”, afirma Paiva./Atarde

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