Aparecer

Aparecer

“Quem tem telhado de vidro não atira pedra no do vizinho”

“Quem tem telhado de vidro não atira pedra no do vizinho”

SÍTIO RIVERSIDE RANCH, UM SONHO REALIZADO COM MUITO SACRIFÍCIO E LUTA, A HISTÓRIA DE OZILENE HERLAN

Siga-nos no instagram

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Intelectual uruguaio critica Pelourinho: 'Cidades sul-americanas precisam aprender juntas'

Intelectual uruguaio critica Pelourinho: 'Cidades sul-americanas precisam aprender juntas'
Em visita a Salvador para participar do ArquiMemória, o arquiteto, intelectual e político uruguaio Mariano Arana, responsável pela requalificação do centro histórico de Montevidéu, obra de repercussão internacional, criticou o estado atual do Pelourinho, em Salvador. Para ele, o modelo adotado não corresponde ao desenvolvimento do local.

“Entristeço-me com o Pelourinho. Claro que todo mundo não pode morar ali, mas muita gente já não vive lá porque muitas moradias foram transformadas em comércio. Esperamos que a sensatez logre um equilíbrio para que a cidade não termine excessivamente especializada em uma só visão”, opinou,

 . Uma das soluções que Arana considera como viável é o investimento na fixação dos moradores. “Há e ter muito subsídio para eles seguirem vivendo onde nasceram seus pais e avós”, salientou. 



O arquiteto que falou nesta quarta-feira sobre o tema "A Dimensão Urbana (e Humana) do Patrimônio. O caso de Montevidéu", também afirmou que os lugares históricos precisam ter regras claras e permanentes de acordo com a realidade em que estão inseridos.

 “Essas partes específicas das cidades devem ser tratadas com normas especiais, e é preciso fazer com que essas normas se cumpram e não variem de acordo com interesses políticos ou econômicos, até inconfessáveis”, declarou. Mariano Arana comentou também que em muitas vezes o interesse imobiliário está por trás das mudanças negativas, mas não alivia em relação a seus pares.

 “Existem arquitetos que são menos sensíveis que muitos empresários”, advertiu. O uruguaio ainda lembrou que as cidades latino-americanas não precisam necessariamente copiar modelos europeus ou asiáticos. 
 

Em sua opinião, a resposta para os dilemas das cidades sul-americanas podem estar na troca de informações sobre projetos bem-sucedidos no continente. ”Nós todos temos que aprender juntos. Produzimos coisas distintas como [Oscar] Niemeyer, mas em tudo somos iguais e por isso podemos melhorar a vida de nossa gente”, refletiu, ao lembrar do arquiteto brasileiro morto em 2012, referência mundial na arquitetura. O professor ainda destacou os trabalhos de João Filgueiras Lima, o Lelé, “extraordinário”, e a importância da arte na construção do patrimônio das cidades.


 “Quando há talento e, sobretudo sensibilidade, podem nascer obras magníficas. Essas reflexões e experiências permitem que avancemos todos juntos”, completou. Mariano Arana foi um dos se engajaram na luta contra a ditadura de seu país, foi prefeito da capital uruguaia durante dez anos consecutivos e é aliado do atual presidente José Pepe Mojica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Rua principal de Jucuruçu - Bahia, 3 de março de 2024.

Jucuruçu - Bahia. Pedaço bom do Brasil.