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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Aniversário da morte do trapalhão Mussum

“Cacildis!” talvez tenha sido a exclamação de muitos brasileiros ao saber da morte do comediante Antônio Carlos Bernardes Gomes, o trapalhão Mussum. O humorista de 52 anos faleceu às 2h45 da madrugada na UTI do Hospital da Beneficiência Portuguesa, em São Paulo, de infecção generalizada, 17 dias após ter se submetido a um transplante de coração. O humor perdia seu sorriso aberto e o Brasil uma razão para gargalhar.
Filho de uma família humilde, Mussum nasceu no Morro da Cachoeirinha, no Lins de Vasconcelos, subúrbio do Rio de Janeiro. Embora conhecido pelo seu trabalho na televisão e no cinema, Mussum iniciou-se no meio artístico através da música, na década de 60, quando formou o conjunto de samba Os Sete Modernos, que mais tarde passaria a se chamar Os Originais do Samba. O grupo ganhou três discos de ouro com Tragédia no fundo do mar, Esperanças perdidas e Do lado direito da Rua Direita.
Em 1966, Mussum estréia na televisão, no programa Bairro Feliz, da Tv Globo. É lá que Grande Otelo lhe dá o apelido pelo qual o trapalhão ficaria nacionalmente conhecido. O humorista participa então de alguns musicais na Tv Globo e na Tv Excelsior, e conhece Manfred Sant'Anna, o Dédé Santana, amigo e futuro sócio. Em 1969, aceitando um convite do diretor Wilton Franco e cedendo à insistência de Dédé, Mussum entra para Os Trapalhões e, junto de Dédé, Zacarias e Didi, faz história na televisão, no cinema e no humor brasileiro. Com o tempo, o crescente sucesso do grupo humorístico torna impossível a conciliação da carreira de comediante e músico e Mussum abandona Os Originais do Samba.
Como trapalhão, Mussum ficou conhecido por ser o único negro do quarteto, por seu modo peculiar de falar certas palavras, colocando terminações “is” ou “évis”, e por sua paixão por “mé” - uma gíria para cachaça. Sua gargalhada e sua irreverência eram suas marcas registradas e, ainda que algumas de suas piadas pudessem ser consideradas hoje politicamente incorretas, causaram mais graça que polêmica. Além das participações televisivas, Mussum realizou cerca de 25 filmes com o grupo.
Mussum era sócio de Dédé Sant'Anna e de Zacarias na ZDM, que administrava os negócios do trio. A empresa faliu depois que a receita federal constatou que ela não pagava impostos. Para saldar a dívida, os sócios comprometeram imóveis e parte de dois anos de salários na Tv Globo. Após o fim do programa e a morte de Zacarias, Mussum e Dédé percorreram cidades do interior do país atrás de cachês minguados.

Ao morrer, Mussum deixou mulher, quatro filhos e um Brasil menos alegre.

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