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sábado, 8 de outubro de 2016

Furacão Matthew deixou quase 900 mortos no Haiti


Homem carrega caixão com vítima do furacão Matthew, em Cavaillon, no Haiti - 06/10/2016


O furacão Matthew matou quase 900 pessoas e deslocou dezenas de milhares no Haiti antes de ir para o litoral sudeste dos Estados Unidos, onde provocou grandes enchentes e queda de energia generalizada.

O número de mortes no Haiti, o país mais pobre das Américas, saltou para pelo menos 877 à medida que as informações chegavam aos poucos das áreas remotas que foram isoladas pela tempestade, de acordo com uma contagem da Reuters baseada em cifras das autoridades.

O Matthew fez estragos na península ocidental do Haiti na terça-feira com seus ventos de 233 quilômetros por hora e chuva torrencial. Cerca de 61.500 pessoas estão em abrigos, disseram autoridades, desde que a tempestade lançou o mar contra frágeis vilarejos costeiros, alguns dos quais só estão sendo contatados agora.

Ao menos três cidades relataram dezenas de baixas, incluindo Chantal, vilarejo de plantio situado em uma colina cujo prefeito disse que 86 pessoas pereceram, a maioria quando árvores esmagaram suas casas. Segundo ele, 20 outras pessoas estão desaparecidas.



Como as redes de celular não estão funcionando e as estradas estão inundadas, o socorro tem demorado para alcançar as áreas mais atingidas do país. O alimento está escasso e no mínimo sete pessoas morreram de cólera, provavelmente por terem bebido água misturada com esgoto.

Ajuda brasileira

As tropas brasileiras no Haiti trabalham no envio de comida e remédios para a população mais atingida pelo furacão. De acordo com o oficial de comunicação da Minustah – a força de paz das Nações Unidas no Haiti -, coronel Alexandre Lima, os militares atuam desde o carregamento de navios que saem da capital Porto Príncipe com donativos em direção à região oeste do país, mais atingida pelo furacão, até a reconstrução de estradas e organização da distribuição dos mantimentos.

“A prioridade maior era abrir estradas. Ontem, a engenharia da ONU, com auxílio das tropas brasileiras, fez o desbloqueio entre as cidades de Les Caye e Jeremie. São duas capitais departamentais e era importante abrir para a passagem dos caminhões. Então, agora a prioridade é levar comida e remédios”, explicou Lima.

Segundo o coronel, caminhões pequenos, que suportam carga de até seis toneladas, estão sendo usados para o transporte, porque carretas grandes não conseguem chegar até as vilas mais isoladas. Os militares se preocupam também com a segurança dos comboios, que costumam sofrer saques em situações de crises agudas como esta, e na organização da distribuição dos donativos.

“Eles procuraram entregar prioritariamente para as mulheres, para garantir que elas levarão para casa. Os homens, às vezes, trocam a comida por álcool. Há também a organização das filas para entrega da comida. Até as igrejas, que costumam ter construções mais fortes, foram destruídas”, conta.

De acordo com o coronel, o olho do furacão tocou o solo na cidade de Les Anglais, ao sul da península oeste da ilha. A destruição maior foi numa região circular entre esta cidade e Les Cayes, onde há muitas vilas com casas frágeis e os habitantes vivem da pesca e de plantações pequenas. Segundo Lima, o furacão provocou a destruição completa de casas e devastação de plantações de banana e de outros alimentos nessa região.

O governo haitiano estima que mais 350 mil pessoas necessitam de ajuda humanitária emergencial no país, segundo a Agência Sputnik. “Provavelmente vamos ter problema de falta de comida”, avalia o oficial de comunicação da Minustah./agências Brasil

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