Chegou ao fim a greve dos bancários em Brasília. Em assembleia no Setor Bancário Norte, os funcionários aceitaram o acordo de reajuste 8% e abono salarial de R$ 3,5 mil oferecido pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT), Brasília já teve a votação consolidada para o fim da greve, tanto para os funcionários dos bancos privados e públicos. O sindicato informou que houve rejeições de funcionários da Caixa Econômica Federal em São Paulo e no Rio de Janeiro, que continuam parados.
A Fenaban propôs, ainda, um aumento de 15% nos vales de alimentação e 13ª cesta básica, além de 10% no vale refeição e auxílio creche/babá. As mudanças também valem para o Banco do Brasil e Caixa.
REIVINDICAÇÕES
A categoria pedia piso salarial de quase R$ 4 mil, vale alimentação e refeição de R$ 1.760, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$ 880 e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 3 salários mais R$ 8.300. Em contrapartida, a Fenaban vai abonar todos os dias de greve até esta quinta-feira e comunicou que a proposta oferece participação nos lucros dos bancos, que distribuem até 15% do montante de 2016 aos funcionários.
A entidade comunicou, ainda, que os valores individuais podem representar até quatro salários no ano para a função de caixa. O Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal seguirão com o acordo proposto pela Fenaban e informaram que darão abono total das horas de greve.
Ao todo, 13.123 agências bancárias e 43 centros administrativos aderiram as paralisações — cerca de 55% do total. No DF, a greve afetou 92% das agências, segundo o sindicato da categoria. Foram 600 das 650 unidades. Estima-se que 31 mil bancários — 70% do total — aderiram a paralisação. A greve durou 31 dias e foi a maior desde 2004, segundo a Contraf-CUT. Em 1951, os bancários cruzaram os braços durante 69, o que resultou na criação do dia dos bancários -- 28 de agosto.
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