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quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Itamaraju completa 55 anos de emancipação política administrativa. Parabéns




Localizada ás margens da BR 101 no Sul da Bahia, Itamaraju que antes da emancipação pertencia ao município do Prado, foi emancipada em 1961 e desde então sua principal fonte de renda é o cacau e a pecuária.

Construída ás margens do rio Jucuruçu, o primeiro povoado recebeu o nome de Dois Irmãos, uma referencia os Santos Cosme e Damião, padroeiros da cidade, logo depois, recebeu o nome de Escondido.

Com a produção em abundância do cacau e do café e da extração de madeira de lei, o povoado foi crescendo e passou a ser conhecido como Vila do Escondido, fazendo parte do município do Prado como o terceiro distrito, mas seu crescimento não parou por ai.

A princípio o povoado só tinha uma pequena rua, a 5 de outubro com mais ou menos 150 casas construídas em sua maioria de taipas, cobertas com telhas de tabuas, palha, de tijolos, e telhas de barro, no máximo umas cinco casas, a maioria barracos. Embora fizesse parte do município de Prado, existia uma Sociedade particular que o administrava e cobrava aforamento aos seus habitantes: fazia parte dessa Sociedade Virgulino Pereira, Cândido Nascimento, José Guilherme da Rosa, Nestor Camão e outros.


Origem do primeiro nome;

ESCONDIDO – com o progresso do povoado, tendo como fator a cultura e produção do cacau, café madeira de Lei, o povoado passou a se denominar de Vila de Escondido. O povoado continuou a crescer. O transporte de alimentos e produtos de uso comum era feito através de lombos de animais, as famosas “Tropas” e por via fluvial no Rio Jucuruçu. Com a exploração da madeira, novas estradas começaram a serem abertas na região.

As estradas de terra, ou “rodagens” eram feitas na maioria das vezes por trabalho manual e mal dava para passar um caminhão de cada vez, quando chovia, o que era constante na região, as estradas ficavam intransitáveis tendo como principais obstáculos as ladeiras da Sapucaieira, Duas Barras, Riacho das Pedras, Atividade, Tururim, Furado e do Ribeirão.  

Com a construção das estradas, e a extração da madeira em grande escala, foram surgindo novos aventureiros de outras regiões e de outros Estados atraídos pelas nossas riquezas. A vila cresceu desordenadamente.

Com o crescimento da vila, chegou também o desenvolvimento  e as novas modernidades, e pela primeira vez os moradores  viu o cinema falado (sonoro)e a luz elétrica (10 postes) fornecida gratuitamente pelo proprietário do cinema, José Fontes Almeida, através da energia produzida pelo grupo gerador do seu cinema.

Esse cinema dava sessões a noite nos dias de domingo, pois, aos sábados, as sessões eram realizadas na cidade  do Prado cujo transporte de todo material e equipamento, devido a precariedade de transporte rodoviário, era feito em canoa a motor e pôpa (tudo de propriedade dono do cinema. A viagem era feita semanalmente e levava 12 hora rio acima e 8 horas rio abaixo, isso quando o rio estava com água e não tivesse entulhos de baronesa, o que era normal.

Por volta do ano de 1930, devido a forte neblina na região, um pequeno avião, tipo Teco-teco, pertencente a Air France (Cia, Latecoere), perdeu o rumo e fez uma aterrisagem forçada na Vila, no local onde existia uma lagoa, hoje Mercado Municipal. Esse avião foi transportado para a cidade de Prado via fluvial em duas canoas juntas.


Na linguagem indígena significa “pedra”. O maior símbolo da cidade é a “Pedra do Monte Pescoço”. A palavra “Mara” simboliza uma região montanhosa, forte característica da cidade. “Ju” é a primeira sílaba do rio que corta a cidade, o Rio Jucuruçu./bahiaextremosul

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