Localizada ás margens da BR 101 no Sul da Bahia, Itamaraju que antes da emancipação pertencia ao município do Prado, foi emancipada em 1961 e desde então sua principal fonte de renda é o cacau e a pecuária.
Construída ás margens do rio Jucuruçu, o primeiro povoado recebeu o nome de Dois Irmãos, uma referencia os Santos Cosme e Damião, padroeiros da cidade, logo depois, recebeu o nome de Escondido.
Com a produção em abundância do cacau e do café e da extração de madeira de lei, o povoado foi crescendo e passou a ser conhecido como Vila do Escondido, fazendo parte do município do Prado como o terceiro distrito, mas seu crescimento não parou por ai.
A princípio o povoado só tinha uma pequena rua, a 5 de outubro com mais ou menos 150 casas construídas em sua maioria de taipas, cobertas com telhas de tabuas, palha, de tijolos, e telhas de barro, no máximo umas cinco casas, a maioria barracos. Embora fizesse parte do município de Prado, existia uma Sociedade particular que o administrava e cobrava aforamento aos seus habitantes: fazia parte dessa Sociedade Virgulino Pereira, Cândido Nascimento, José Guilherme da Rosa, Nestor Camão e outros.
Origem do primeiro nome;
ESCONDIDO – com o progresso do povoado, tendo como fator a cultura e produção do cacau, café madeira de Lei, o povoado passou a se denominar de Vila de Escondido. O povoado continuou a crescer. O transporte de alimentos e produtos de uso comum era feito através de lombos de animais, as famosas “Tropas” e por via fluvial no Rio Jucuruçu. Com a exploração da madeira, novas estradas começaram a serem abertas na região.
As estradas de terra, ou “rodagens” eram feitas na maioria das vezes por trabalho manual e mal dava para passar um caminhão de cada vez, quando chovia, o que era constante na região, as estradas ficavam intransitáveis tendo como principais obstáculos as ladeiras da Sapucaieira, Duas Barras, Riacho das Pedras, Atividade, Tururim, Furado e do Ribeirão.
Com a construção das estradas, e a extração da madeira em grande escala, foram surgindo novos aventureiros de outras regiões e de outros Estados atraídos pelas nossas riquezas. A vila cresceu desordenadamente.
Com o crescimento da vila, chegou também o desenvolvimento e as novas modernidades, e pela primeira vez os moradores viu o cinema falado (sonoro)e a luz elétrica (10 postes) fornecida gratuitamente pelo proprietário do cinema, José Fontes Almeida, através da energia produzida pelo grupo gerador do seu cinema.
Esse cinema dava sessões a noite nos dias de domingo, pois, aos sábados, as sessões eram realizadas na cidade do Prado cujo transporte de todo material e equipamento, devido a precariedade de transporte rodoviário, era feito em canoa a motor e pôpa (tudo de propriedade dono do cinema. A viagem era feita semanalmente e levava 12 hora rio acima e 8 horas rio abaixo, isso quando o rio estava com água e não tivesse entulhos de baronesa, o que era normal.
Por volta do ano de 1930, devido a forte neblina na região, um pequeno avião, tipo Teco-teco, pertencente a Air France (Cia, Latecoere), perdeu o rumo e fez uma aterrisagem forçada na Vila, no local onde existia uma lagoa, hoje Mercado Municipal. Esse avião foi transportado para a cidade de Prado via fluvial em duas canoas juntas.
Na linguagem indígena significa “pedra”. O maior símbolo da cidade é a “Pedra do Monte Pescoço”. A palavra “Mara” simboliza uma região montanhosa, forte característica da cidade. “Ju” é a primeira sílaba do rio que corta a cidade, o Rio Jucuruçu./bahiaextremosul
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