Jogadores do Baleia azul são orientados a se mutilar para cumprir desafios.
Um perigoso jogo tem
assustado pessoas em todo o mundo. É o jogo da Baleia Azul, disputado através
das redes sociais, que propõe desafios macabros aos participantes, como
assistir a filmes de terror de madrugada, automutilar-se, ficar doente e, na
etapa final, cometer suicídio.
O nome "Baleia
Azul" refere-se à uma crença popular que diz que a baleia-azul seria capaz
de se suicidar, ao encalhar voluntariamente em praias.
Mensagens trocadas por alunos João Pessoa no WhatsApp explicam como funciona o "Desafio da Baleia Azul"
Aparentemente o fenômeno
começou na Rússia, mas está se espalhando – inclusive no Brasil, como sugerem o
caso da jovem de 16 anos morta no Mato Grosso, o caso de uma rapaz de 19 anos
que se matou em Pará de Minas-MG e uma investigação policial em andamento na
Paraíba.
Na Rússia, em 2015, uma jovem de 15 anos se jogou do alto de um
edifício; dias depois, uma adolescente de 14 anos se atirou na frente de um
trem. Depois de investigar a causa destes e outros suicídios cometidos por
jovens, a polícia ligou os fatos a um grupo que participava de um desafio com
50 missões, sendo a última delas acabar com a própria vida.
Tudo na internet se espalha
muito rápido, mesmo as coisas mais inacreditáveis. Neste caso não é diferente.
O fenômeno ganhou visibilidade e vem se alastrando pelo mundo. Em alguns
países, como Inglaterra, França e Romênia, as escolas têm feito alertas às
famílias, depois que adolescentes apareceram com cortes nos braços, queimaduras
e outros sinais de mutilação.
Jogos com apelos de riscos
letais têm virado moda entre os adolescentes. Um exemplo é o jogo da asfixia,
que gerou vítimas no Brasil. Outro é o “desafio do sal e gelo”, no qual, para
serem aceitos no grupo, os adolescentes devem queimar a pele e compartilhar as
imagens nas redes sociais. Embora exista há anos, o desafio voltou com força
recentemente. Sem falar no “Jogo da Fada”, que incita crianças a ligarem o gás
do fogão de madrugada, enquanto os pais dormem.
As recomendações para as
famílias são: monitorar o uso da internet, frequentar as redes sociais dos
filhos, observar comportamentos estranhos e, sobretudo, conversar e
conscientizar os adolescentes a respeito das consequências de práticas que nada
têm de brincadeira.
Atenção redobrada com os jovens que apresentem tendência a
depressão, pois eles costumam ser especialmente atraídos por jogos como o da
Baleia Azul. Também as escolas devem colocar o assunto em pauta e incorporar no
currículo, cada vez mais, a educação para a valorização da vida, o respeito
pela vida dos outros e o uso consciente das mídias e tecnologias.
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