A italiana Emma Morano, a
última sobrevivente conhecida dos anos 1800 e supostamente a mulher mais velha do mundo,
morreu neste sábado (15) em sua casa em Verbania (norte), aos 117 anos, segundo
a imprensa local.
"Ela teve uma vida
extraordinária e sempre nos recordaremos de sua força por seguir adiante",
declarou o prefeito de Verbania, citado pela imprensa. Emma nasceu em 29 de
novembro de 1899, quatro anos depois de os irmãos Wright terem voado pela
primeira vez. Sua vida cobriu duas guerras mundiais e mais de 90 governos
italianos.
Em seu aniversário de 117
anos, comemorado em seu pequeno apartamento em Verbania, Morano disse que não
teve uma vida muito fácil. "Trabalhei em uma fábrica até os 65 anos,
depois, assunto encerrado".
Em uma entrevista ao jornal
"La Stampa" concedida cinco anos atrás, ela contou que seu noivo
morreu na Primeira Guerra Mundial e que depois foi obrigada a se casar com um
homem que não amava.
"Ou você concorda em se
casar comigo ou eu mato você", contou Emma, lembrando da proposta.
"Eu tinha 26 anos. Casamos." Não foi um casamento feliz. Eles tiveram
um filho em 1937, mas o menino morreu com seis meses de idade e no ano seguinte
Emma expulsou seu marido abusivo.
"Separei-me dele em
1938. Acho que fui uma das primeiras na Itália a fazê-lo." Emma morava
sozinha e já tinha perdido todos seus oito irmãos e irmãs, incluindo um que
morreu aos 102 anos.
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