Prefeito de Itanhém contraria desportistas e diminui campo de futebol

Não há nos cofres da prefeitura nenhum centavo para construir a sede do CAPS, pois o projeto ainda está em análise no Ministério da Saúde, e muito menos a academia, que ainda aguarda chamada pública do Governo Federal. 

Mesmo contrariando a maioria dos desportistas o prefeito Milton Ferreira Guimarães (PSB), o Bentivi, que tanto fala em participação popular, autorizou a diminuição da área pertencente ao estádio Teixeirão, na lateral da rua Padre Roma. A prefeitura pretende construir no terreno do estádio a ESF (Estratégia de Saúde da Família) do bairro São João, o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e uma academia.

Desportistas chegaram a sugestionar a construção da Unidade de Saúde em área pertencente ao Colégio Municipal São Bernardo, que também está localizado no bairro São João. Na tarde desta terça-feira (29) funcionários da secretaria da Infraestrutura já fizeram as novas demarcações. 

O tamanho do campo já foi diminuído.

O próprio secretário Juarez Correia acompanhou as alterações que mudarão para sempre a história que começou a ser contada pelo prefeito Sady Teixeira Lisboa, em 1969. O campo principal, o Teixeirão, não será afetado, mas o Teixeirinha ganhará novas dimensões. O muro deve ficar bem próximo de uma das traves e em um dos cantos do retângulo não há espaço suficiente para efetuar a cobrança de escanteios.

O município já recebeu parte do dinheiro para a construção da Unidade de Saúde, mas não há nos cofres da prefeitura nenhum centavo para construir a sede do CAPS, pois o projeto ainda está em análise no Ministério da Saúde, e muito menos a academia, que ainda aguarda chamada pública do Governo Federal.

Mais de quatro décadas depois o prefeito Bentivi quer desestruturar a área criada exclusivamente para a prática esportiva.

Enquanto as construções não começam a transformar parte da paisagem da história de Itanhém tão bem contada por Sady Teixeira e a desestruturar uma área destinada à prática esportiva há mais de quatro décadas, fica a sensação de que o esporte foi colocado no banco de reserva pela atual administração. por Edelvânio Pinheiro