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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Morte de estudante: Ponga é mentira e ônibus era dirigido por estudante, dizem testemunhas

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Pelo menos 10 testemunhas do acidente que vitimou fatalmente o estudante Joelson Oliveira Domingos, de 12 anos de idade, fato ocorrido na noite da última terça-feira (30) na Fazenda Boa Vista, interior de Teixeira de Freitas, foram ouvidas pelo delegado Marcus Vinícius, que preside o inquérito policial, nesta quarta-feira, dia 31.


Entre as testemunhas estão estudantes que também estavam no ônibus no momento da tragédia, esses que contrariaram a tentativa da empresa Vida Nova Tour, de atribuir à vítima a culpa pelo atropelamento. O aluno caiu debaixo de uma dos pneus do veículo e teve sua cabeça esmagada, além de ser arrastado pela estrada de chão batido.

Segundo os depoimentos, o aluno Joelson teria esquecido alguns materiais de escola no interior do ônibus e quando retornou para buscá-los, fora surpreendido por uma manobra brusca do condutor. "No momento em que ele desceu, voltou para apanhar uma bolsa escolar, que ele esqueceu com material. Foi nesse momento que o motorista, que estava na condução do veículo, um ônibus de grande porte, fez manobra brusca e ele veio a cair debaixo do ônibus", disse uma testemunha aos repórteres Reni Pereira e Kátia Petersen, esses da Rede Bahia. A reportagem amanheceu em destaque no G1 na manhã desta quinta-feira (01/11).

O depoimento desmente o gerente da Vida Nova, Damião Fonseca Dias, esse que durante entrevista ao radialista Fernando Moulin nesta quinta-feira (31) insinuou que a vítima tinha morrido pelo fato de supostamente ter pegado uma ponga na estrutura do ônibus.

Ainda segundo outras duas testemunhas, que por serem menores de idade precisam ter suas identidades preservadas, quem dirigia o ônibus no momento do acidente era um outro estudante de 18 anos. "O motorista deu o ônibus a um aluno e foi sentar lá no fundo", disse um dos jovens. O ônibus da empresa Vida Nova Tour presta serviços para a Prefeitura de Teixeira de Freitas fazendo transporte escolar, apesar de suas condições precárias. No interior do veículo é visível muita sujeira, falhas na estrutura, espaços nas janelas que podem provocar acidentes e até vidros quebrados.

Comprovada a informação que o motorista oficial do veículo, identificado pelo prenome de Elias, passou a direção para outra pessoa, ele deve ser indiciado por homicídio doloso, aquele que o agente por imperícia ou negligência, adota de maneira consciente uma medida, que pode culminar em morte. Os donos da empresa também podem ser responsabilizados por não fazer o devido acompanhamento dos serviços que prestam.

O ônibus continua apreendido e como suas condições são precárias, não está descartada a hipótese que o mesmo seja considerado impróprio para o transporte de passageiros. Se assim acontecer, é possível que a “lata velha” seja mandada direto para ser desmanchado./ Por TN

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