Susana Naspolini fala sobre a luta contra o câncer: ‘Tenho que ser forte’
Susana Naspolini não aguentou a enxurrada de amor que invadiu suas redes sociais nesta sexta-feira (3), quando a notícia de que está afastada do “RJ-TV” por conta de um câncer de mama repercutiu na imprensa. Telespectadores e admiradores manifestaram carinho e solidariedade à jornalista, cuja alegria virou marca registrada à frente do quadro “RJ Móvel”, que ajuda moradores a resolverem os problemas de seus bairros.
— Eu chorei muito lendo essas mensagens. É uma energia tão boa! As pessoas estão rezando, fazendo correntes de oração por mim — emocionou-se ela, em conversa com o EXTRA. Aos 43 anos, Susana descobriu um gânglio alterado na axila direita, após exames de rotina. — Eu não suspeitava de nada, não sentia nada. Mas pelo meu histórico de saúde (ela teve um linfoma com 18 anos de idade e, há cinco, enfrentou um câncer de mama e outro na tireoide) sempre estive alerta.
Faço check-up a cada seis meses. Tudo leva a crer que o câncer voltou porque não passei pela quimioterapia depois de retirar o nódulo da mama direita, em 2011. O médico não achou necessário, na época — contou a repórter da TV Globo. Em abril, ao retornar de curtas férias, ela só trabalhou um dia, antes de sair de licença:
— Voltei com tudo no dia 25. Na mesma tarde, recebi um telefonema da minha médica, confirmando o câncer. No dia 28, já estava em São Paulo para a cirurgia. Na próxima semana, Susana volta à capital paulista para a terceira sessão de quimioterapia. — Não tenho sentido os famosos enjoos causados pelo tratamento, só cansaço. Sou muito agitada, não gosto de ficar parada. Mas nos dias seguintes à quimio, prefiro ficar em casa com minha filha (Júlia, de 10 anos, fruto de seu casamento com o jornalista esportivo Maurício Torres, que morreu em 2014), quietinha, lendo um livro. Estou torcendo para não ficar careca, mas já tenho o endereço de uma boa loja de perucas, caso aconteça — diz ela, que tem contado com o apoio presencial dos parentes de Santa Catarina: — Meus pais e irmãos se revezam para ficar com a Júlia no Rio e para me acompanhar no tratamento em São Paulo.
A previsão é de que Susana retorne ao trabalho em outubro. Até lá, ela revela, não tem assistido ao telejornal de que faz parte: — Não consigo, acredita? Tenho um ciumão! (a repórter Larissa Schmidt a tem substituído) Vejo ali moradores que se tornaram meus amigos. Vou querer estar lá, comendo aquele bolo gostoso com eles... Apesar dos pesares, a jornalista não perde a postura resiliente e otimista: — Tenho que ser forte. Doença e problema fazem parte da vida, e ela é tão boa, né? Tanto, que a gente sempre quer viver muito.
Hoje é o câncer, amanhã vai ser outra coisa. No dia em que recebi o diagnóstico positivo, chorei muito. Pensei: “Meu Deus, será que eu vou dar conta? Vou conseguir tratar ou vou morrer?”. Agora, rezo muito: “Deus, me dá colo, vamos juntos!”. É só uma coisa ruim entre tantas boas que me acontecem dia após dia. Olha quanta gente de bem me ajudando, vibrando! Daqui pra frente, o que eu puder fazer para desmitificar essa doença, vou fazer. É minha missão.
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