Um novo estudo, divulgado na última quinta-feira (3) na revista científica Science, revela os impactos causados pelo fumo no DNA humano.
De acordo com o estudo, os fumantes que consomem um maço de cigarros por dia acumulam em média, 150 mutações a mais em cada célula do pulmão, quando comparados a pacientes que também tem câncer de pulmão mas não são fumantes.
"Até agora, nós tínhamos um amplo volume de evidências epidemiológicas que ligavam o fumo ao câncer, mas agora podemos de fato observar e quantificar as alterações moleculares causadas pelo cigarro no DNA", disse Ludmil Alexandrov, um dos autores do artigo.
Apesar da maior taxa de mutações tenha sido verificada nos pulmões, a pesquisa aponta que outras partes do corpo também apresentam mutações relacionadas ao fumo, o que explica por que o cigarro causa tantos tipos diferentes de tumores.
"Fumar cigarros danifica o DNA em órgãos diretamente expostos à fumaça, além de acelerar o relógio celular que controla as mutações nas células, afetando assim órgãos direta e indiretamente expostos à fumaça" explica o cientista.
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