Duas jovens foram presas em
flagrante pela Polícia Militar no momento que torturaram outra jovem presa no
quarto de uma casa na Rua São Benedito, imediações da orla da cidade de Mucuri.
A vítima teve as mãos amarradas para trás, as mãos cortadas que pegaram 4
pontos cada, atacada a socos e pontapés, principalmente na face e ainda teve o
rosto e o corpo ensopados de molho de pimenta, sob ameaça que teria os cabelos
e as sobrancelhas raspados e a pimenta introduzida na genitália, quando em
certo momento uma delas passou a filmar a agressão, enquanto a outra irmã
torturava a amante do marido imobilizada.
O pivô da situação
identificado por “Alex” que se encontra foragido, teria pegado a amante em um
local de sempre e levado para uma casa de veraneio que ele toma conta na baixa
temporada e onde eles costumavam se encontrar. Enquanto a vítima preparava o
interior do imóvel, o amante teria facilitado a entrada da esposa e da cunhada
para agredir a própria amante. Após 20 minutos de tortura, a vítima resolveu
gritar permanentemente, foi quando vizinhos ouviram e chamara a Polícia.
Uma guarnição composta pelo
1º Sargento Jorge Luiz e o Soldado Luiz Gonzaga se deslocou para o local e no
portão anunciou que era a polícia e ameaçou quebrar a porta se não abrissem.
Pelo lado de dentro as agressoras responderam que estava tudo bem. Mas a
polícia insistiu e um homem abriu o portão informando que elas estavam
discutindo apenas. Enquanto os PMs adentraram no imóvel, o homem fugiu do
local.
Tão logo a polícia anunciou a
presença no portão – as agressoras pediram a vítima que fosse para o banheiro
se lavar do sangue que corria sobre seu corpo e que dissesse que estavam apenas
discutido alto. Quando a PM entrou, logo encontrou a vítima no banheiro
ensanguentada e com as mãos cortadas. Logo a PM apreendeu o celular das autoras
com as imagens das agressões que elas mesmas produziram e as conduziram para a
Polícia Civil.
A Polícia Civil acredita que
o “Alex” foi cúmplice do crime, levando a amante para o local, possivelmente
pressionado pela esposa, tendo em vista que quando a vítima entrou no carro, o
banco traseiro estava com muitas bagagens e as agressoras estariam agachadas e
cobertas por estas bagagens. A vítima Laudiléia Rodrigues da Silva, 27 anos,
confessou à Polícia Civil que realmente mantinha um caso há 6 meses com o
marido da agressora e disse também, que a sua maior sorte para não ter sofrido
maiores agressões, foi porque ela caminhava para a escola quando recebeu o
telefonema do amante querendo lhe ver, momento que usava calça jeans,
vestimenta que ajudou a lhe proteger.
A primeira agressora é Maione
Góis dos Santos, 32 anos, que é bacharel em direito e foi quem arquitetou a
agressão para se vingar da amante do marido no inicio da noite de segunda-feira
do último dia 10 de abril. E a segunda agressora é a sua irmã Renata Góis dos
Santos, 34 anos, que filmou o próprio crime. O titular da Polícia Civil de
Mucuri, delegado Samuel Martins autuou em flagrante delito as duas agressoras
em crime de tortura e cárcere privado. O juiz criminal Felipe Remonato
transformou o flagrante em prisão preventiva e determinou o imediato
recambiamento das duas irmãs para o presido do Conjunto Penal de Teixeira de
Freitas./TN
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